Câmara vai terminar contrato de estacionamento pago em Setúbal

Câmara vai terminar contrato de estacionamento pago em Setúbal

Câmara vai terminar contrato de estacionamento pago em Setúbal

Presidente da autarquia anuncia que vai levar proposta à próxima reunião de Câmara porque o contrato penaliza os cidadãos e o interesse público

A Câmara Municipal de Setúbal prepara-se para resolver o contrato de estacionamento tarifado na cidade com a DataRede, empresa que detém a concessão por 40 anos. A decisão de acabar com a concessão, que dura há quatro anos, é anunciada pelo próprio presidente da Câmara de Setúbal num artigo de opinião publicado na edição desta segunda-feira do jornal O SETUBALENSE (https://osetubalense.com/opiniao/falar-com-verdade-sobre-o-estacionamento-tarifado-em-setubal-ii/).

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No referido artigo, André Martins (CDU), revela que vai “apresentar na próxima Reunião de Câmara, que se realizará no próximo dia 2 de Julho, uma proposta para terminar o contrato de estacionamento tarifado com a DataRede”. Um contrato que classifica como “penalizador para o espaço público e para os cidadãos”. 

O autarca sublinha que “a proposta e o modelo de estacionamento tarifado aprovados por proposta da anterior presidente da Câmara − ela própria presidente do júri do concurso − incorrem em vários erros graves, tanto para a gestão do espaço público, como para o interesse dos cidadãos” e explica que só agora avança para a resolução porque foi “necessário tempo” para acautelar o interesse municipal.

“Sempre tenho afirmado que o contrato que previa o estacionamento tarifado para mais de oito mil lugares e por um período de quarenta anos representava compromissos da ordem de várias dezenas de milhões de euros e que, por isso, era necessário tempo suficiente para salvaguardar o interesse da Câmara Municipal e justificar uma decisão definitiva por parte da autarquia relativamente ao contrato”, justifica.

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Pelo texto assinado por André Martins, percebe-se que o município vai resolver o contrato alegando incumprimento por parte da DataRede e prejuízo para o interesse público. A autarquia entende que “a empresa não cumpre o contrato e penaliza fortemente o interesse público” e que “nunca cumpriu nenhuma das obrigações e penalizações aprovadas em reunião de Câmara”.

“Fica claro que, ao longo de quatro anos, a empresa nunca cumpriu deliberadamente o contrato, mesmo tendo sido alertada reiteradamente para esses incumprimentos. Fica, assim, claro que, desta forma, a empresa não cumpriu o contrato em várias cláusulas e penalizou deliberadamente o interesse público.”, afirma o autarca.

A decisão de acabar com o contrato terá de ser aprovada em reunião de Câmara, onde a CDU tem cinco dos onze vereadores eleitos, o que significa que o resultado da votação está dependente do PS, que tem quatro vereadores, e ou do PSD, que tem dois eleitos.

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