26 Junho 2024, Quarta-feira

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Baixas médicas de funcionários deixou escola de Almada cinco tardes sem aulas

Baixas médicas de funcionários deixou escola de Almada cinco tardes sem aulas

Baixas médicas de funcionários deixou escola de Almada cinco tardes sem aulas

Vereadora da Educação fala de situação inesperada, mas já normalizada. Encarregados de educação da Escola Anselmo de Andrade não estão descansados

Durante cinco tardes, de 7 a 13 de Março, a Escola Básica e Secundária Anselmo de Andrade, em Almada, esteve sem aulas devido à falta de assistentes operacionais. De uma só vez, 11 trabalhadores ficaram de baixa médica, situação que só foi reposta pela autarquia na passada quinta-feira. Mas os pais receiam que caso idêntico se repita.

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Com a Câmara Municipal de Almada, assim como outras autarquias, a arcar com algumas responsabilidades na área da Educação, desde 2022, por via da descentralização de competências, a falta de aulas na escola, que funcionou apenas com os cursos profissionais, chegou a debate na reunião pública de 18 de Março, através da vereadora do BE, Joana Mortágua, do vereador da CDU, António Matos e pela voz da munícipe Sara Filipe Ramos, na qualidade de encarregada de educação de um dos alunos da escola e em representação da Associação de Pais.

Com a vereadora Teodolinda Silveira, responsável pelo pelouro da Educação, a admitir que o problema não foi fácil de solucionar, mas a afirmar que a situação estava “normalizada”, Sara Filipe Ramos, dirigindo-se à autarca, depois de focar que “esteve em causa o direito Constitucional das crianças acederem à educação, e que pela falta de aulas viram as suas rotinas alteradas”, não ficou nada descansada com o que ouviu da vereadora socialista.

“Normalizada?”, questionou, e mencionou um e-mail enviado pelo director da Escola Anselmo de Andrade, a 13 de Março, onde este refere que no dia seguinte a escola “retomará as actividades lectivas no turno da tarde, embora com limitações”, porque apesar de terem sido afectos três assistentes operacionais, estes não conseguem compensar os 11 de baixa médica, e apontou a “segunda-feira desta semana” para a situação estar colmatada.

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Para a encarregada de educação a situação está “remediada e não normalizada”, e sugeriu a Teodolinda Silveira que analise esta situação de forma que a mesma não se repita. E o mesmo sugeriu Joana Mortágua e António Matos. É que em Janeiro de 2019 aconteceu caso idêntico em que a falta de funcionários, por doença, obrigou a encerrar a Anselmo de Andrade.

“Nos próximos três anos, vai haver reformas em número avultado”, portanto “a situação com a qual nos confrontamos hoje pode voltar muito rapidamente a acontecer”, comentou o vereador da CDU. “Indagamos junto da Câmara Municipal se além do diagnóstico da situação, vai tomar medidas cautelares para que a mesma não se repita”, acrescentou.

O facto, e assim o admitiu a vereadora Teodolinda Silveira, é que além das “inesperados” 11 baixas por doença na Escola Anselmo de Andrade, no concelho houve 80 situações idênticas, o que esgotou a bolsa de trabalhadores a termo certo, implicando o recurso à reserva de recrutamento. “Temos uma bolsa activa [de trabalhadores] que ia sendo substituída, e à qual íamos recorrendo paulatinamente. Mas esta esgotou de uma forma absolutamente fora de comum com esta situação na passada semana”.

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Além disso, a vereadora diz que teve de se confrontar com a lei que dá 20 dias para um funcionário aceitar funções. “Consegui que trabalhadores nessa bolsa de reserva nos respondessem em dois ou três dias”, e assim foi acontecendo, por isso comentou que a situação estava “normalizada”.

“O que aconteceu não foi desleixo do município”, vincou. “Não foi nenhuma falta de preocupação do município, foi uma situação extraordinária a que tivemos de responder dentro do mínimo de tempo que nos foi possível, e assim o faremos alargando a bolsa activa de trabalhadores, sempre que possível, e ir substituindo quando necessário for”, disse a vereadora reflectindo: “Têm que convir comigo, 80 trabalhadores com baixa no município, de uma só vez, é muito”.

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