28 Junho 2024, Sexta-feira

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“As câmaras municipais ficaram com o ónus” do alargamento do voto antecipado nas presidenciais

“As câmaras municipais ficaram com o ónus” do alargamento do voto antecipado nas presidenciais

“As câmaras municipais ficaram com o ónus” do alargamento do voto antecipado nas presidenciais

Vítor Proença - Fotografia de Alex Gaspar

Presidente da Comunidade Intermunicipal do Alentejo Litoral (CIMAL), Vítor Proença, comentou o alargamento do direito de voto antecipado nas próximas eleições de dia 24

 

As câmaras municipais ficaram com o “ónus” do alargamento do direito de voto antecipado nas eleições presidenciais de 24 de janeiro, sem serem previamente consultadas, criticou hoje o presidente da Comunidade Intermunicipal do Alentejo Litoral (CIMAL).

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Em declarações à agência Lusa, Vítor Proença lembrou também que o voto antecipado em mobilidade “deixou de ser na capital de distrito”, o que implicou a criação de “mesas eleitorais nos cinco municípios do litoral alentejano”.

“As câmaras municipais ficaram com o ónus em cima, sem que previamente tenha sido discutido com elas o que quer que seja. Isso não deixa de ser um fator negativo”, apontou o presidente da CIMAL.

Segundo o dirigente, o processo vai contar com “o grande profissionalismo dos funcionários municipais, que têm um treino e uma experiência muito fortes”, mas efetivamente “não houve o devido acautelamento para as câmaras municipais”, o que constitui “um fator menos bom que está a ocorrer”.

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“Mais uma vez, as câmaras municipais estão na linha da frente porque têm várias respostas a dar, quer de situações sociais da pandemia, quer de problemas de desinfeção e apoio às IPSS, [centros de] Saúde, bombeiros e, ao mesmo tempo, com este processo eleitoral”, afirmou.

Mas, “isto está a pôr à prova as câmaras sem que o Governo tivesse discutido previamente com os municípios”, insistiu o também presidente da Câmara de Alcácer do Sal (Setúbal).

Além disso, Vítor Proença considerou que o maior desafio para as autarquias da CIMAL será o voto “nos lares”.

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Apesar de garantir que as autarquias do litoral alentejano “estão preparadas”, preferiu não se alongar sobre esse processo porque “a Assembleia da República ainda não legislou”.

Pelo contrário, a recolha dos votos nos estabelecimentos prisionais de Odemira e Pinheiro da Cruz (Grândola) também já começou, assim como no Hospital do Litoral Alentejano (Santiago do Cacém), numa comunidade intermunicipal que abrange também o município de Sines.

“É todo um trabalho de desmultiplicação” que tem vido a ser feito pelas autarquias, para “encontrar as melhores respostas” que salvaguardem os “princípios de clareza democrática, de legalidade e de práticas inatacáveis”, sublinhou Vítor Proença.

O autarca considerou que “adiar as eleições não tem sentido nenhum”, mas alertou que “têm de ser acautelados os meios materiais e logísticos para permitir aos portugueses que estão confinados, em lares ou deslocados que tenham a possibilidade de exercer” o seu direito de voto, apontou o presidente da CIMAL.

Ainda relativamente aos meios logísticos, a possibilidade de o país entrar em confinamento alargado antes das datas previstas para o voto antecipado implica também outros desafios.

“Há municípios que já estão a conversar com a autoridade policial, a GNR ou a PSP, no sentido de que o talão comprovativo da inscrição na plataforma” de voto antecipado possa “constituir fundamento para justificação perante a autoridade policial, já que o voto é até às 19:00 de domingo”, revelou Vítor Proença.

As eleições presidenciais estão marcadas para dia 24 deste mês e esta é a 10.ª vez que os portugueses são chamados a escolher o Presidente da República em democracia, desde 1976.

Segundo o ministro da Administração Interna, os idosos confinados em lares por causa da pandemia de covid-19 podem inscrever-se até ao próximo domingo para exercer o direito de voto antecipadamente e entre os dias 19 e 20.

Eduardo Cabrita explicou que os votos serão recolhidos por “equipas organizadas pelas autarquias”, com o apoio da Administração Eleitoral e também das forças de segurança, que se deslocarão aos lares.

Nestas instalações também deverá ser “encontrado um espaço para exercício do direito de voto e o acompanhamento pelos representantes das candidaturas”.

Lusa

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