Projecto implica um investimento de quase 240 mil euros, e a obra não pode ultrapassar os seis milhões
O antigo edifício da EDP, no centro de Almada, vai ser recuperado para receber o Centro de Serviços Municipais, passando assim a concentrar vários pontos de atendimento ao público. Ao todo, deverá integrar cerca de 200 postos de trabalho individuais, com correspondentes dirigentes e secretariados.
O lançamento do concurso público para a concepção e elaboração do projecto de reconversão do imóvel foi aprovado na reunião pública de câmara de 19 de Abril, e considera um investimento base de quase 240 mil euros.
Este é o valor para a feitura do projecto de adaptação deste espaço com área bruta de construção de 4 800 metros quadrados. Quanto à obra em si, “não pode passar os seis milhões de euros”, indicou a presidente da câmara, Inês de Medeiros.
Além da concentração de serviços municipais, actualmente dispersos por diversos locais, o edifício localizado na Rua Bernardo Francisco da Costa, projectado pelo arquitecto Francisco Keil do Amaral nos anos 40 do século passado, deverá receber um auditório para as reuniões públicas de câmara, gabinetes para a vereação, gabinete da presidência e gabinetes de apoio.
Abandonado há vários anos, o imóvel que Inês de Medeiros vê como um dos pontos de requalificação de todo o quarteirão onde está construído, chegou a ser pensado para instalar a Loja do Cidadão, um processo que o executivo municipal da altura (CDU) negociou com o Estado. “Eram mais de 5 milhões de euros o que a EDP pedia pelo edifício, era muito dinheiro”, lembra o vereador comunista Joaquim Judas.
Em 2014, “surgiu a oportunidade do edifício vir à Câmara de Almada por 2,5 milhões de euros para instalar no centro da cidade um laboratório de energias alternativas”, lembra ainda Joaquim Judas. Seria a câmara a “comprá-lo [o que aconteceu], a Faculdade de Ciências e Tecnologia pagaria parte do projecto e a EDP outra parte”.
A hipótese de instalar a Loja do Cidadão na antiga sede da EDP ainda chegou ao actual executivo, mas foi de imediato descartada por Inês de Medeiros. “Os serviços a instalar obrigam a uma grande área para arquivos, e não queremos que um edifício histórico seja quase um armazém”, comentou. Adianta a presidente que o espaço para instalar a Loja do Cidadão foi pensado para a Romeira, na Cova da Piedade, e proposto ao Estado, “mas ainda não recebemos resposta”, afirma.