André Martins garante que não vai abrandar luta para levar a Fertagus até Praias do Sado

André Martins garante que não vai abrandar luta para levar a Fertagus até Praias do Sado

André Martins garante que não vai abrandar luta para levar a Fertagus até Praias do Sado

André Martins afirma que o comboio até Praias do Sado é crucial para a população local e para os estudantes do IPS

A adaptação do túnel da estação do Quebedo implica baixo investimento, afirma o presidente da Câmara de Setúbal

A partir de 15 de Dezembro, a frequência de comboios da Fertagus entre Setúbal e Lisboa passa a ser de 20 em 20 minutos, em vez de intervalos de meia-hora no período de ponta e de uma hora em regime normal. Este é o resultado da insistência da Câmara de Setúbal em reuniões com o ministro das Infra-estruturas e com a Fertagus, empresa concessionária do ‘Comboio da Ponte’. Agora, a luta da autarquia é conseguir a extensão destes comboios até Praias do Sado, afirma o presidente da Câmara e Setúbal, André Martins.

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Com a Fertagus a chegar a esta localidade, além de servir a população que ali reside, facilita também a mobilidade dos estudantes do Instituto Politécnico de Setúbal, com cerca de 10 mil alunos, em que muitos, diariamente, para ali se deslocam vindos de concelhos da Península de Setúbal abrangidos pela linha Fertagus, e mesmo de Lisboa.

“Esta é uma decisão política que tem de ser tomada, e nós vamos continuar a insistir”, afirmava André Martins, na sexta-feira, durante uma conferência de Imprensa na plataforma da Estação Fertagus em Setúbal, onde se fez acompanhar do deputado da CDU ao Parlamento Europeu, João Oliveira.

Questionado por O SETUBALENSE sobre se esta operação ferroviária implica obras no Túnel do Quebedo, onde neste momento apenas passam comboios da CP, cujas composições são diferentes das da Fertagus, André Martins avançou que o investimento necessário é pouco expressivo tendo em conta as vantagens.

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“Na última reunião com a Fertagus coloquei essa questão, e o que me foi dito é que será necessária apenas uma pequena intervenção no túnel para a catenária poder passar. Portanto, não estamos a falar de grandes investimentos, isto dito pela própria administração da Fertagus”, perante isto, reafirma o autarca que “a decisão é política”.

Aliás, lembra o presidente da Câmara de Setúbal que a persistência para levar a Fertagus às Praias do Sado é antiga, remontando ao período em que, na autarquia sadina, teve a função de vereador do Urbanismo, entre 2001 e 2017.

“Falei com o então presidente do Instituto Politécnico de Setúbal, que também defendia o comboio da Fertagus até Praias do Sado. Em 2021 [quando eleito presidente da Câmara de Setúbal] voltámos a falar do assunto”. Conversa em que apuraram que a questão do Túnel do Quebedo “está ultrapassada. O problema era a falta de composições”, afirmou.

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Ao fim de vários anos de reuniões a insistir com ministros e secretários de Estado, com a Infraestruturas de Portugal e com a Fertagus, a 12 de Novembro André Martins ficou a saber que a frequência de comboios da Fertagus iria ser reduzida, tal como O SETUBALENSE avançou em primeira mão. “A solução da Fertagus não é aquela que temos vindo a reivindicar. Mas já é qualquer coisa de positivo”, comenta o autarca, eleito pela CDU, que garante que esta luta só acaba quando estes comboios chegarem às Praias do Sado.

O mesmo defende João Oliveira que apontou o reforço do transporte público, particularmente o ferroviário, como crucial para facilitar a mobilidade da população e reduzir o uso de viatura própria. 

Além da “mobilidade das populações, a ferrovia é estratégica no contributo para o desenvolvimento económico da região e do País” uma vez que “também beneficia o sector industrial”, afirmava o depurado europeu.

Depois de elogiar a “conquista” da Câmara de Setúbal sobre os horários da Fertagus, João Oliveira apontou à CP. “Não basta ter linhas de caminho de ferro, é necessário ter comboios de qualidade de acordo com as necessidades das populações. É imprescindível que esse investimento seja feito pelo Estado por intermédio da CP”. E acrescentou referindo-se á zona sul do País: “É preciso reforçar a linha do Alentejo”.

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