10 Maio 2024, Sexta-feira

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Greve da função pública encerra vários serviços no distrito [actualizada]

Greve da função pública encerra vários serviços no distrito [actualizada]

Greve da função pública encerra vários serviços no distrito [actualizada]

Paralização faz-se sentir ao nível dos estabelecimentos de ensino, autarquias e serviços hospitalares e recolha de resíduos

 

A greve da função pública, marcada para esta sexta-feira, fez-se sentir logo ao início da manhã com o encerramento de vários serviços públicos.

A Escola Básica Luísa Todi, em Setúbal, afixou nas grades da entrada do recinto – logo nas primeiras horas do dia – um aviso onde se pode ler que “devido à greve da função pública” não há aulas durante todo o dia.

O Agrupamento de Escolas Sebastião da Gama fez um comunicado com as mesmas directrizes, na página do Facebook.

Cenário idêntico acontece nas escolas D. João II, Secundária du Bocage, Dom Manuel Martins e Básica n.º 6 do Monte Belo.

Na região a adesão tem sido muita, seja ao nível dos serviços autárquicos ou mesmo dos cuidados hospitalares. Em comunicado, a União de Sindicatos de Setúbal/CGTP-IN revela os números da greve.

Nas autarquias regista-se 80% de adesão no Parque Oficinal de Setúbal; 92% (1.º turno) e 88% (2.º turno) nos Transportes Colectivos do Barreiro; 91% nas oficinas dos Serviços Municipalizados de Água e Saneamento de Almada bem como 100% na varredura e brigada de apoio em Almada.

Nas escolas, e ainda no concelho de Almada, sabe-se que a adesão dos funcionários públicos foi na ordem dos 80% na Escola Secundária Romeu Correia. Encerradas estão as escolas 2/3 Costas da Caparica, Secundária Fernão Mendes Pinto, EB1 Feijó, 2/3 + Secundária Ruy Luís Gomes, 2/3 Alembrança, EB1 José Afonso, EB1 Miratejo Encerradas, Secundária Romeu Correia.

Em Alcochete o encerramento também do Agrupamento Escolas de Alcochete (EB 2/3+ Secundárias e básicas).

Já no Seixal, a Escola Secundária Amora, Escola Secundária João de Barros, EB 2/3 Corroios, EB 2/3 Paulo da Gama, EB1 Inglesinhos, EB1 Infante D. Augusto, EB 1/ JI Medideira, EB 1/JI Quinta Conde Portalegre, Escola Secundária Alfredo Reis Silveira, EB1 Amora, JI Quinta da Princesa, EB 2/3 Cruz de Pau, encontram-se de portas fechadas.

Ao nível dos serviços médicos e hospitalares o Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) e a Unidade de Saúde Familiar do Feijó aderem em 100% à paralisação.

Nos hospitais: 90% no Hospital de São Bernardo em Setúbal, (3.º e 1.º turno, noite e manhã), 84% Hospital Garcia da Orta em Almada (3.º turno, noite), e no Hospital Nossa Senhora do Rosário no Barreiro (3.º turno, noite) 70% e 90% (1.º turno, manhã) .

Greve na recolha de resíduos com adesão entre 90 e 100% – sindicato

A greve da função pública começou hoje com uma adesão entre 90% e 100% entre os trabalhadores da recolha do lixo e da higiene urbana, disse o Sindicato Nacional dos Trabalhadores da Administração Local e Regional (STAL).

“Nos primeiros serviços de recolha nocturna a entrar em funcionamento – Amadora, Loures, Évora, Moita, Palmela e Seixal – registou-se uma adesão de 100%”, disse o STAL, filiado na CGTP.

Num comunicado enviado à Lusa, o sindicato disse que também não se efectuou a recolha de lixo nos concelhos do Barreiro e Oeiras, “com adesão na ordem dos 90%”.

“Já em Almada e Vila Franca de Xira a adesão foi igualmente muito significativa, tendo a recolha de resíduos e os serviços de higiene urbana ficado seriamente prejudicados”, acrescentou o STAL.

O sindicato disse antever “uma elevada adesão na generalidade das autarquias, escolas e empresas municipais” ao longo do dia de hoje.

“Os dados conhecidos até ao momento reflectem o profundo descontentamento e revolta dos trabalhadores da Administração Local e do sector das empresas”, lamentou o STAL.

Sebastião Santana, da Frente Comum de Sindicatos da Administração Pública, filiada na CGTP, tinha dito à Lusa que os efeitos da greve nacional estavam previstos já para a noite de quinta-feira e madrugada de hoje, sobretudo nos hospitais e na recolha do lixo.

O sindicalista antecipa “uma grande adesão e perturbações ou encerramento de vários serviços, como é o caso dos serviços de finanças, da segurança social e das lojas do cidadão”.

A paralisação também afectará escolas uma vez que sindicatos dos professores e do pessoal não docente anunciaram a adesão ao protesto.

A Frente Comum convocou a greve nacional de hoje em protesto contra a proposta do Governo de aumentos salariais para 2024 que considerou miserabilista – um mínimo de 52 euros ou de 3% para os trabalhadores da administração pública.

Os sindicatos reivindicam um aumento em pelo menos 15%, com um mínimo de 150 euros por trabalhador, para fazer face ao “brutal aumento do custo de vida”. Com Lusa

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