16 Abril 2024, Terça-feira
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Utentes queixam-se de longas horas de espera durante a madrugada por médicos estarem a dormir

Doentes dizem constatar a situação quando se vêem obrigados a procurar junto dos gabinetes médicos por uma resposta

 

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As longas horas de espera, registadas em algumas madrugadas, no serviço de Urgência Geral do Hospital de São Bernardo são justificadas por vários utentes por os médicos estarem a dormir, apesar de haver pessoas para atender.

Os doentes dizem ser esse o cenário com que se deparam quando se vêem obrigados a procurar por uma resposta, depois de estarem muito tempo à espera e de constatarem que ninguém é chamado aos gabinetes médicos.

No caso de Inês Moreira, a jovem de 23 anos conta ter ido ao Hospital de São Bernardo, do Centro Hospitalar de Setúbal, “por volta da 01h20 do dia 23 de Dezembro com queixas de dores agudas muito fortes no pé direito até à coluna”.

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Atendida “na triagem uns minutos depois”, onde lhe foi atribuída a pulseira amarela, Inês Moreira não sabia que o pior ainda estaria para vir. Até às 04h00 garante ter-se mantido “sempre dentro da sala de espera”, caso chamassem pelo seu nome.

Contudo, diz ter percebido que, por volta dessa hora “deixaram de chamar pacientes aos gabinetes médicos” e que tal situação se prolongou “até por volta das 05h30”. Foi nesse momento que, “após esperar tanto tempo acordada”, Inês Moreira deslocou-se “para dentro da área médica”.

“Fiquei chocada ao encontrar tudo de luzes apagadas, com pessoas sentadas numa pequena sala de espera, gabinetes fechados de luzes apagadas e só encontrar uma sala de tratamentos com dois enfermeiros”.

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Depois de perguntar “onde poderia encontrar um médico”, sendo que lhe foi informado que teria de ser a própria a procurar o mesmo, explica ter voltado à sala de espera e escrito uma reclamação.

“Voltei a ficar à espera até por volta das 08h00, quando um doutor chamou um paciente que tinha chegado depois de mim, com a mesma pulseira. Fui questionar o porquê de não ter sido atendida e se [este] me podia atender. Ele disse que sim e perguntou o meu nome para olhar para a minha ficha, mas infelizmente não a conseguiu encontrar”.

Já junto ao balcão, a jovem afirma ter-lhe sido dito que a sua ficha estava fechada “porque o médico já tinha chamado durante a noite”. “Passado uns 30 minutos, o mesmo doutor chamou-me para o gabinete onde se encontrava o médico que “fechou” a minha ficha por engano e [disse] que seria ele a observar-me. [Esse] doutor questionou-me porque não fui mais cedo [e] informei que nenhum médico chamou durante a noite”, descreve.

No entanto, Inês Moreira conta que o médico disse que tal situação “era mentira e que tinha chamado por volta das 04h30”. “Respondi que entre as 04h00 e as 05h30 não se ouviu nenhuma chamada. O doutor continuou a afirmar que era mentira, que chamou por mim por volta dessa hora e que por volta das 05h00 tinha ido dormir para descansar”.

Além disso, o médico “afirmou ainda que já não [a] iria atender e recusou o tratamento até acabar o turno”, com Inês Moreira a decidir escrever uma segunda reclamação. Após cerca de dez horas de espera, a jovem de 23 anos apenas foi “chamada por um médico por volta das 11h30”.

Questionado sobre se tem conhecimento de queixas semelhantes, em que os utentes estarão diversas horas à espera devido aos médicos estarem a dormir, o CHS afirma que tal “situação não foi colocada ao Centro Hospitalar de Setúbal através dos canais existentes para o efeito”, tendo obtido “conhecimento do relatado” através de O SETUBALENSE.

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