19 Abril 2024, Sexta-feira
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Greve de professores e auxiliares encerra Escola Secundária D. Manuel Martins

Comunidade educativa muniu-se de tarjas e cartazes e mostrou-se insatisfeita com actual situação do sector

 

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A entrada da Escola Secundária D. Manuel Martins ficou tingida de negro, na manhã desta terça-feira, após a comunidade educativa ter colocado tarjas, cartazes e sinais de protesto naquele que foi um dia de greve que deixou os alunos daquele estabelecimento de ensino sem aulas.

Cerca de meia centena de professores, funcionários, assistentes operacionais, técnicos especializados, encarregados de educação e alunos juntaram-se para, num movimento “espontâneo e livre”, demonstrarem o grau de insatisfação com a situação vivida por este grupo de profissionais de ensino.

“O patrono desta escola, D. Manuel Martins, foi o primeiro Bispo de Setúbal, um homem que se envolveu muito nas causas laborais e em questões de justiça social, portanto isto é uma luta digna do nome que representa esta instituição escolar”, explicou, com orgulho, uma docente daquele estabelecimento de ensino.

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Segundo revelaram alguns membros da comunidade educativa a O SETUBALENSE, esta greve é movida por um “sentimento de injustiça generalizado” que, por vezes, faz com que a escola “perca a vocação científica e cultural em benefício da burocratização”.

Além disso, a acção foi também realizada em protesto contra a proposta de um novo modelo de recrutamento e gestão dos docentes, que prevê a transformação dos actuais quadros em mapas de docentes e a sua alocação em função de perfis, definidos pelas escolas e seus projectos, geridos por um conselho de directores.

Desta forma, os alunos não tiveram aulas durante todo o dia. Já a comunidade educativa disse não saber se a escola volta a desempenhar funções nos próximos dias, destacando a mobilização de professores em Lisboa no dia 14 de Janeiro, onde vai ter palco uma manifestação nacional.

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O SETUBALENSE conseguiu apurar que mais escolas no concelho estiveram também fechadas devido aos movimentos de greve dos professores, nomeadamente diversos estabelecimentos de ensino do Agrupamento das Escolas Ordem de Sant’Iago.

Além disso, várias escolas do município de Setúbal têm parado no período da manhã, durante o começo deste novo ano de 2023, devido a reuniões sindicais realizadas, de forma faseada, por todos os agrupamentos escolares.

Estes plenários causam uma interrupção nos primeiros três tempos da manhã, sendo que os alunos retomam as aulas na parte da tarde. A Escola Secundária D. João II realiza esta reunião no dia de hoje.

As greves e as reivindicações do sector do ensino são de âmbito nacional, com uma forte adesão no Distrito de Setúbal, com diversos concelhos a registarem o fecho de escolas e o sentimento de luta demonstrado pela comunidade educativa.

Protesto Alunos sentem frustração dos professores e funcionários

Alguns alunos da Escola Secundária D. Manuel Martins marcaram presença no protesto de terça-feira e declararam uma posição de apoio aos professores e assistentes operacionais daquela escola.

Isto tendo em conta que a “comunidade educativa vive muito próxima destes jovens” e que, segundo contou uma assistente operacional, estes estudantes “percebem a insatisfação” dos profissionais deste sector, já que é “algo visível”.

“Os alunos querem-nos ver bem-dispostas e felizes, dentro da escola pomos um sorriso, mas quando saímos do portão ele desaparece. Passamos muito mais tempo com os alunos do que com a nossa própria família e temos a plena consciência de que fazemos o melhor trabalho possível”, desabafou uma assistente operacional.

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