20 Abril 2024, Sábado
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Alsa Todi arranca a todo o gás em 2023 e utentes confirmam melhorias no serviço

Passageiros afirmam que atrasos “são mínimos” e estudantes garantem já conseguir chegar a tempo às aulas

 

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Os passageiros de transportes rodoviários que usufruem dos serviços prestados pela operadora Alsa Todi na área 4 começaram o novo ano com o pé direito.

A Carris Metropolitana, marca que unifica a Área Metropolitana de Lisboa (AML), teve um começo tumultuoso nesta zona, que engloba os concelhos de Setúbal, Palmela, Alcochete, Moita e Montijo, mas, segundo conseguiu apurar O SETUBALENSE, o serviço está, progressivamente, a regularizar.

Aos olhos de quem passa, seja de carro ou a caminhar por Setúbal, é visível um grande aumento desta “mancha amarela” (cor que caracteriza os autocarros da Carris Metropolitana) pelos vários cantos da cidade sadina – o cenário repete-se pelos restantes concelhos da área 4.

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O SETUBALENSE confirmou junto dos passageiros que habitualmente utilizam transportes rodoviários que “os atrasos, actualmente, são mínimos” e, “ao contrário do que acontecia ao início, os autocarros aparecem”.

“O começo foi desastroso, mas, progressivamente, já está a normalizar”, ouviu-se. Os estudantes, tanto das escolas básicas e secundárias, como do Instituto Politécnico de Setúbal, assumiram com satisfação que, por agora, “não ficaram a pé” e conseguem chegar a tempo do começo das aulas.

A opinião foi unânime: há um melhoramento do serviço prestado e os atrasos que acontecem são de poucos minutos, embora ainda se aponte a falta de facilidade em conseguir ver os horários e as carreiras.

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Segundo André Martins, presidente da Câmara Municipal de Setúbal, as reuniões técnicas entre o município, a Alsa Todi e a Transportes Metropolitanos de Lisboa continuam a ser realizadas de modo a “articularem o projecto entre as três entidades”.

Além disso, e apesar de o autarca “não ter dados concretos”, tem havido um “esforço significativo” por parte da operadora em cumprir com as exigências do caderno de encargos.

A O SETUBALENSE, André Martins mencionou igualmente que “existem ainda algumas coisas por cumprir”, nomeadamente no que respeita à informação on-line da consulta de horários e circuitos.

O “sonho” que se tornou “num pesadelo”

No dia 1 de Junho de 2022 arrancou um novo serviço de transportes rodoviários na área 4 – concelhos de Setúbal, Alcochete, Moita, Montijo e Palmela – que prometia uma inovação à medida daquilo que o aumento populacional na Península de Setúbal exigia, com uma maior comodidade, mas também uma maior oferta de serviços.

Contudo, a operação da Alsa Todi, que ganhou a concessão do serviço da empresa Transportes Metropolitanos de Lisboa (TML) nesta zona, não correspondeu às expectativas.

As queixas e reclamações por parte dos utentes foram-se tornando cada vez mais constantes e recorrentes, dada a ausência de autocarros, a supressão de carreiras e os enormes atrasos, que provocaram constrangimentos na vida de todas as pessoas que utilizam este meio de transporte nas deslocações quotidianas.

A própria autarquia sadina reuniu-se, no fim de Setembro último, com a população nas várias freguesias do concelho, pedindo nessas acções para que se juntassem à manifestação organizada pela edilidade, que decorreu no dia 1 de Outubro e contou com a mobilização de centenas de pessoas.

O primeiro-secretário da Área Metropolitana de Lisboa, Carlos Humberto, o presidente da TML, Faustino Gomes, e o administrador da TML, Rui Lopo, foram chamados a comparecer em alguns dos municípios abrangidos por este serviço de transportes públicos, sendo que, no dia 11 de Novembro de 2022, foram ouvidos em sessão extraordinária da Assembleia Municipal de Setúbal. Esta nova realidade rodoviária ficou fortemente marcada pela intervenção do público, onde foram direccionadas várias críticas ao serviço.

Tal situação levou, por existir “uma falta Passageiros afirmam que o começo foi desastroso, mas, progressivamente, o serviço já está a normalizar de motoristas em Portugal e por toda a Europa”, a empresa a contratar profissionais no estrangeiro, nomeadamente em Cabo Verde, explicou o director da Alsa Todi, Juan Gómez Piña.

Deste país vieram para solo português 74 trabalhadores, que dão agora estabilidade e cumprimento ao serviço inovador que havia sido prometido para o primeiro dia de Junho. Na área 3, por sua vez, que engloba os concelhos de Almada, Seixal e Sesimbra, a concessora Transportes Sul do Tejo (TST) desempenhou as funções com um cenário idêntico, iniciando a operação no dia 1 de Julho.

De acordo com a Comissão de Utentes de Transporte da Margem Sul, “alguns problemas continuam a persistir”, apesar de “não existir comparação” com a operação inicial.

O SETUBALENSE tentou contactar a Alsa Todi com o objectivo de obter declarações sobre o actual estado de regularização da Carris Metropolitana na área 4, mas até ao momento não obteve qualquer resposta.

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