25 Abril 2024, Quinta-feira
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Indústrias de grande qualificação produtiva exigem maior aposta na formação

As empresas querem investir, mas têm dificuldade em encontrar trabalhadores no mercado. A solução é apostar cada vez mais na formação

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A falta de mão-de-obra qualificada tem sido uma das dores de cabeça dos responsáveis das empresas ligadas à indústria. A solução não é assumidamente fácil de encontrar, nem mesmo através da contratação de profissionais qualificados no estrangeiro. A visão geral é que, mesmo tornando a indústria mais atractiva, não tem sido fácil dar a volta a este problema.

Uma das hipóteses apontadas passa pelo aumento salarial, mas para alguns sectores da indústria química, o aumento da remuneração não se tem mostrado atractivo. André Pereira, da SGL Carbon, empresa instalada no Lavradio, concelho do Barreiro, lembra que na indústria química “não pode haver paragens, a laboração é de 24 horas durante a semana e também aos fins-de-semana e feriados e, actualmente, não é fácil encontrar quem queira trabalhar neste regime; os trabalhadores preferem estar com a família ao fim-de-semana”.

Outra questão, nesta empresa onde trabalham cerca de 280 pessoas, passa por funções que obrigam a mão-de-obra pesada, e outras onde é incómodo trabalhar, “isto também não dificulta a contratação”, acrescenta André Pereira.

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Problema algo diferente, mas com o mesmo efeito na contratação, tem a Siemens unidade em que a sua fábrica mais pequena instalada em Corroios, concelho do Seixal. A labora num dos segmentos com maior perspectiva de crescimento dentro da empresa, segundo diz Nelson Faria, que participou no debate em representação da indústria electrónica, a maior dificuldade à contratação é encontrar trabalhadores qualificados.

Nesta perspectiva, a empresa em Corroios, neste momento mais ligada à área da automação, e controlo, onde trabalham cerca de 160 pessoas mas que, revela Nelson Faria, vai chegar em breve aos 500 trabalhadores, tem carência de profissionais com formação para responder aos novos desafios da empresa. Uma queixa também apresentada pelo responsável da SGL Carbon.

Na área da península, grande parte da resposta tem vindo da academia de formação profissional ATEC, em Palmela, e do Instituto Politécnico de Setúbal, mas é unanime que o País tem de investir mais num ensino direccionado para a produtividade e competitividade da indústria. “O Pais e empresas têm de investir mais na formação”, afirma Nelson Faria, que diz ser este o caminho que a Siemens estar a fazer, com planos de formação a médio e longo prazo, mesmo assim continua a falta de mão-de-obra qualificada, pelo que é necessária uma resposta de âmbito nacional.

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