28 Março 2024, Quinta-feira
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Protesto em fragata avança no Tejo contra a construção do novo aeroporto no Montijo

A viagem de barco até à Base Aérea 6 contou com a presença de especialistas que dão preferência à construção em Alcochete

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“Uma imagem vale mais do que mil palavras” foi o mote do passeio fluvial levado a cabo pela associação ‘Plataforma Cívica Aeroporto BA6 Montijo-Não!”, no passado domingo, que convidou os visitantes a bordo da fragata ‘Baía do Seixal’ a ver de perto as instalações da Base Aérea 6, que tem sido apontada, pelo Governo, como possibilidade para construir o novo aeroporto de Lisboa.

Entre os passageiros, abordo seguiu também Joaquim Santos, presidente da Câmara do Seixal, que recusa a opção Montijo, a qual considera que colocaria em causa a qualidade de vida das populações da margem sul.

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“É uma forma de protesto”, afirma José Encarnação, membro da associação responsável pela iniciativa. “Não basta dizermos porque não se deve construir o aeroporto no Montijo. É preciso que as pessoas vejam com os próprios olhos”.

Com partida do Cais Fluvial do Seixal e destino ao Samouco, ao longo de três horas de viagem reflectiu-se acerca das consequências para a população e do futuro das embarcações tradicionais que circulam pelo canal do Montijo caso o aeroporto complementar ao Humberto Delgado, na Portela, seja edificado no município.

“Diz-se que é fácil fazer aqui um aeroporto porque é só adaptar o que já existe. Aqui não existe nenhum aeroporto, existe uma base aérea”, explica Vítor Silveira, piloto da Linha Aérea. “A única coisa que tem parecida com um aeroporto é a torre de controlo e as pistas e como se sabe as pistas não servem, têm de ser reconstruídas e a torre é baixa de mais”.

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Paulo Andrade, presidente da Marinha do Tejo, juntou-se ao protesto no seu próprio bote e fez questão de defender os interesses do “berço da maior parte das embarcações”: o canal do Montijo.

“Durante anos, o canal do Montijo serviu para abastecer a cidade. Fechar este canal de navegação a embarcações com um mastro superior a 14,5 metros não faz qualquer sentido. Temos embarcações centenárias que vão deixar de poder navegar”, garante.

Também Joaquim Santos, presidente da Câmara Municipal do Seixal, fez questão de estar presente e reforçar a preferência pela construção do novo aeroporto no Campo de Tiro de Alcochete.

“No Seixal vamos continuar a colocar o interesse das populações à frente do que são os interesses particulares”, começou por dizer o responsável. “Construir uma pista no Montijo significa que vamos ter aeroporto da Portela e esta pista até ao ano de 2062. Isto vai afectar as mais de 100 mil pessoas que continuam a ser afectadas pela operação da Portela quer toda a população da margem sul que não tinha esses impactos”, salientou.

Perante os presentes, os membros da Plataforma Cívica afirmaram que não desistem da solução Campo de Tiro de Alcochete, e garantem continuar a rumar para que tal aconteça.

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