20 Abril 2024, Sábado
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Morte da menina de três anos vítima de maus-tratos provocada por mais de 50 pancadas

Relatório preliminar da autópsia a Jéssica Biscaia revela deslocamento do crânio e lesões internas fatais. Mãe pode vir a ser constituída arguida

 

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A morte de Jéssica Biscaia, a menina de três anos que faleceu vítima de maus-tratos, foi provocada por mais de cinco dezenas de pancadas. É este o resultado do relatório preliminar da autópsia, a que o Correio da Manhã teve acesso e no qual consta igualmente que a criança sofreu o deslocamento do crânio.

Na autópsia foram também identificadas lesões internas fatais, sendo que só os exames complementares, ainda em curso, vão permitir saber se a menor foi abusada sexualmente.

No entanto, sabe-se que os hematomas que Jéssica Biscaia apresentava na zona genital são externos e que, por esse motivo, terão sido provocados por espancamento. É através dos referidos exames que se ficará a saber se o anti-histamínico, que a criança terá eventualmente tomado, interferiu com o seu estado de saúde.

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Também não se sabe, para já, se a menor poderia ter sido salva caso tivesse recebido assistência médica quando regressou à casa da mãe, Inês Tomás, no Bairro Santos Nicolau.

A morte da menina ocorreu no dia 20 de Junho, depois de Inês Tomás ter ido buscar a criança a casa de uma mulher que identificou às autoridades como ama. Segundo a mãe, a menor esteve cinco dias ao cuidado da mulher e tinha sinais evidentes de maus-tratos, como hematomas, pelo que foi chamada a emergência médica.

Apesar de ter sido assistida na casa da mãe e posteriormente transportada para o Hospital de São Bernardo, onde foi sujeita a manobras de reanimação, Jéssica Biscaia acabou por não resistir aos ferimentos.

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Na passada quinta-feira, a Polícia Judiciária revelou ter detido três pessoas por suspeitas do homicídio: a ama, de 52 anos, a quem a mãe da criança alegadamente devia dinheiro, situação que estará na origem da morte, o marido da ama, com 58 anos, e a filha, de 27 anos.

Os três arguidos ficaram em prisão preventiva e estão indiciados por homicídio qualificado, extorsão, ofensas corporais e coacção. Em tribunal, a ama, tida como a mentora do crime, terá afirmado que cuidou da menina durante uma semana, mas negou agressões ou ter dado qualquer medicação para a criança não gritar e que a menor terá caído de uma cadeira, razão pela qual apresentava ferimentos.

Também a mãe e o padrasto da criança chegaram a ser levados para as instalações da Polícia Judiciária. No entanto, Inês Tomás poderá vir a ser constituída arguida no processo, dependendo do resultado dos exames complementares

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