24 Abril 2024, Quarta-feira
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Vêm aí 300 trotinetes eléctricas para promover a mobilidade suave no Montijo

Acordo feito com a Bolt. Os veículos vão estar estacionados em 10 pontos do território montijense

 

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Elas vêm aí, como aposta na mobilidade suave. São 300 trotinetes eléctricas que vão chegar ao Montijo, a curto prazo, disponibilizadas pela Bolt. O último passo para garantir este meio de transporte partilhado pela população foi dado na passada quarta-feira, com o executivo da Câmara Municipal a aprovar por unanimidade o protocolo de colaboração com a empresa.

Os veículos vão estar estacionados em 10 pontos do território montijense – no Cais do Seixalinho, na Escola Secundária Jorge Peixinho, junto ao Hospital do Montijo, no Mercado Municipal, no Terminal dos TST, na Praça da República, nas Colinas do Oriente, na Escola Secundária Poeta Joaquim Serra, na zona das Portas da Cidade e na envolvente ao Alegro.

Nesta primeira fase, experimental, a autarquia e a empresa acordaram a implantação de três dezenas de trotinetes para testar a adesão da população à utilização deste meio de transporte. Mas o número poderá vir a conhecer ajustamentos, em função da procura. “Se não houver utilização, a empresa poderá retirar as trotinetes”, disse Nuno Canta, presidente da Câmara, durante a apresentação da proposta de celebração do protocolo com a Bolt.

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Além do número da frota e dos pontos de estacionamento, ficou ainda definido no acordo entre as partes “uma área geográfica de circulação” e uma outra onde a circulação será feita a velocidade limitada, desde logo para garantir a segurança de peões. As trotinetes podem circular a uma velocidade máxima de 25 Km por hora, excepto na zona para a qual é acautelada uma limitação. Neste caso, explicou o autarca, face a um sistema de geolocalização, “a velocidade será cortada automaticamente”. Este sistema permite ainda à empresa conhecer a localização dos veículos, bem como o estado do carregamento da bateria dos equipamentos – que é assegurado pela Bolt –, a qualquer momento.

Oposição de acordo

A medida foi bem acolhida pela oposição. Ainda assim, pelo lado do PSD, o vereador João Afonso não deixou de lançar uma “farpa” à gestão socialista.

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“[A medida] é muito bem-vinda. Enquadra-se num conceito de cidade moderna. Só peca por tardia”, atirou o social-democrata, que considerou de seguida que a cidade montijense “não está preparada” para este conceito de mobilidade suave. A cidade, defendeu, “está planeada para viaturas automóveis”. “É uma cidade de carros”, disse, ao mesmo tempo que enumerou um conjunto de exemplos, como “o desnível entre passeios e estradas” e “a falta de corredores cicláveis” com “separação clara” para movimentação de pessoas e trotinetes, entre outros.

A observação em matéria de corredores cicláveis levou Nuno Canta a afirmar que a cidade do Montijo “é das que mais ciclovias dedicadas tem”. “Foi das primeiras no País a tê-las”, afirmou, antes de reforçar que o Montijo é a cidade melhor servida de ciclovias no Distrito de Setúbal.

Já o vereador Joaquim Correia, pela CDU, lembrou que a autarquia deveria ter acautelado que a tarifa de utilização das trotinetes não pudesse vir a ter aumentos de custo por parte da empresa durante um período de tempo definido. E mostrou o apoio da bancada da CDU. “Temos de começar por algum lado a descarbonizar”, vincou, para finalizar como João Afonso começou: “A cidade está feita para carros”, observou. Para utilização das trotinetes os utilizadores têm de ter instalada a aplicação MB Way.

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