8 Maio 2024, Quarta-feira

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Marcelo considera que “seria bom” ficar a “saber-se mais” sobre realidade associativa em Portugal

Marcelo considera que “seria bom” ficar a “saber-se mais” sobre realidade associativa em Portugal

Marcelo considera que “seria bom” ficar a “saber-se mais” sobre realidade associativa em Portugal

O Presidente da República reagiu de hoje sobre o líder da comunidade russa em Setúbal, Igor Khashin, que participou no acolhimento de refugiados ucranianos com a mulher, já é monitorizado pelo SIS

 

O Presidente da República defendeu hoje que “seria bom” que se ficasse a “saber mais” sobre a realidade associativa em Portugal, após ter sido noticiado que os conselhos de compatriotas russos são acompanhados pelos serviços de informação desde 2014.

“Talvez uma das conclusões seja a de haver um acompanhamento em termos de conhecimento, respeitando as regras próprias do Estado de direito, daquilo que se passa num conjunto de entidades, que por natureza são livres: podem ser constituídas, podem ser modificadas, podem ser extintas”, afirmou Marcelo Rebelo de Sousa.

O Presidente da República falava aos jornalistas à saída do VII Congresso Nacional da Associação Cristã de Empresários e Gestores (ACEGE), que decorre hoje e sábado na Universidade Católica, em Lisboa, tendo reagido à notícia de hoje do semanário Expresso segundo a qual o líder da comunidade russa em Setúbal, Igor Khashin, que participou no acolhimento de refugiados ucranianos com a mulher, já é monitorizado pelo Serviço de Informações e Segurança (SIS) há alguns anos.

Marcelo Rebelo de Sousa sublinhou que a realidade associativa “muda ao longo do tempo”, porque “são várias instituições no seio da sociedade que vão aparecendo, desaparecendo, mudando no tempo, num período longo”.

“Talvez fosse bom que os portugueses soubessem qual é essa realidade social”, reforçou.

Questionado pelos jornalistas se esse é um apelo que faz ao Governo, Marcelo Rebelo de Sousa respondeu: “Não, é um apelo que estou a fazer a todos nós”.

O chefe de Estado frisou que “a sociedade portuguesa, como todas as sociedades, estão a mudar muito e esta mudança, numa sociedade aberta, que envolve entradas e saídas, emigração e imigração, criação de novas entidades, modificação de entidade, torna muito difícil, porventura, o acompanhamento de todos esses fenómenos, de todas essas mudanças”.

“Talvez uma das lições daquilo que se venha a apurar é ficar a saber-se mais, ou a perceber-se porque é que é preciso acompanhar-se de forma mais atenta aquilo que é essa riqueza social, por uma questão de transparência, respeitando sempre as regras de um Estado de direito democrático”, frisou.

Interrogado se espera com celeridade resultados no que se refere à situação na Câmara Municipal de Setúbal, Marcelo disse esperar que, à medida que a democracia portuguesa “melhora a sua qualidade”, que também “seja mais exigente, escrutine mais, exija mais transparência, e aquilo que, há 30 anos, há 20 anos, há 10 anos, não constituía uma exigência cívica, passe a constituir”.

“É natural, não é dramático. O viver em liberdade e democracia não é um drama, deve ser a normalidade. O achar que é patológico é que é patológico”, frisou.

O líder da comunidade russa em Setúbal, Igor Khashin, que participou no acolhimento de refugiados ucranianos com a mulher, já é monitorizado pelo Serviço de Informações e Segurança (SIS) há alguns anos, noticiou hoje o Expresso.

Citando fontes próximas do Governo e da Assembleia da República, o jornal escreve que “Igor Khashin era mais do que conhecido pelos serviços de informações” e “estava identificado e sob observação dos serviços, que não fazem investigação criminal, mas enviam relatórios”.

Outra fonte ligada à comunidade das informações citada pelo Expresso explica que os conselhos de compatriotas russos, como aquele que Khashin dirigia em Portugal, “são acompanhados com mais atenção desde 2014, depois da anexação da Crimeia pela Rússia”.

“É no SIS que funciona o departamento de contra-espionagem, com a missão de conhecer as movimentações de serviços estrangeiros em território nacional, onde durante anos as equipas da chamada ‘Casa da Rússia’ se foram especializando em acompanhar as movimentações de russos em Portugal”, escreve o jornal.

O semanário adianta que “não existe, porém, qualquer investigação de foro criminal na Polícia Judiciária e no Ministério Público relativa às actividades deste russo”.

TA / Lusa

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