25 Abril 2024, Quinta-feira
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Acesso às praias de Setúbal vai reforçar transportes públicos mas perde estacionamento na Secil

Programa da gestão CDU para controlar circulação automóvel na Serra da Arrábida foi aprovado, mas volta a não reunir consenso da oposição

 

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A Câmara Municipal de Setúbal vai voltar a controlar a circulação automóvel na Serra da Arrábida durante a época balnear, através do programa “Arrábida Sem Carros e em Segurança”.

Os transportes públicos vão ser reforçados, mas o estacionamento vai perder lugares com o encerramento do Parque da Secil para obras.

A proposta, nada consensual desde a sua criação, em 2018, foi levada ao crivo dos eleitos na reunião de Câmara, na passada quarta-feira, acabando por ser aprovada apenas com os votos a favor dos vereadores da CDU, abstenção do PSD e os votos contra do PS. Rita Carvalho (CDU), vereadora com o pelouro da Mobilidade, defendeu a medida numa lógica de “preservação ambiental do Parque Natural da Arrábida, aposta nos transportes públicos, e combate ao estacionamento abusivo”.

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O objectivo, é impedir a perturbação no acesso e não colocar em causa a segurança e o socorro com as dificuldades de circulação de veículos de emergência durante a época balnear.

Além das medidas a implementar este ano pelo programa, como o reforço da oferta dos transportes públicos e a proibição da circulação automóvel entre a Figueirinha e o Creiro entre as 07 e as 20 horas, é de notar o encerramento do Parque de Estacionamento da SECIL, que de acordo com a vereadora comunista acontece por motivos de obras.

Um encerramento que foi contestado pelo vereador Joel Marques (PS), referindo que a remoção do Parque de Estacionamento da SECIL durante a época balnear deste ano, representa a perda de 180 lugares, naquele que é “um dos principais parques de retaguarda”.

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O vereador socialista questionou Rita Carvalho se estava planeada alguma alternativa para suprir a perda daqueles lugares, não obtendo qualquer resposta por parte da vereadora.

Por sua vez, o eleito social-democrata Fernando Negrão, concordou com os argumentos apresentados pela vereadora comunista, em especial com a “necessidade da preservação e segurança”.

Apesar de defenderem a generalidade da proposta, os eleitos do PSD apontaram alguns problemas na mesma, que não lhes permitia acompanhar o sentido de votação da CDU, e decidiram abster-se.

“Na gestão anterior da Câmara [na presidência de Maria das Dores Meira], quando foi tomada esta medida, com a qual concordamos, a mesma não foi acompanhada de acesso a outras praias por parte dos cidadãos de Setúbal, designadamente negociando com as Câmaras de Grândola e Alcácer do Sal o acesso a Tróia, e também transportes mais baratos”, medidas que o PSD queria ver contempladas, comentou o vereador Fernando Negrão, justificando assim a abstenção do PSD.

PS pretendia discussão prévia das medidas

Joel Marques (PS) manifestou a sua surpresa em não ver o PSD acompanhar o sentido de voto do PS contra o que disse serem “imposições de barreiras que têm limitado a circulação na Serra da Arrábida”.

O vereador socialista lamentou ainda que o executivo CDU não tenha articulado a discussão previamente com a restante oposição, já que a medida “nunca foi consensual entre as bancadas”.

A isto acrescentou que a bancada socialista gostaria de ter visto contemplada, entre as várias sugestões feitas pelos vereadores do PS, a criação de um passe gratuito para residentes em Setúbal, de forma a usufruir dos transportes públicos que chegam às praias da Arrábida, algo que não aconteceu.

“Temos de recordar que nem toda a gente pode, ou precisa de ter o Passe Navegante”, afirmou Joel Marques, acusando que com a actual proposta se está a impor o uso de transportes públicos “por decreto”.

A juntar a isso, a proposta não contemplou outra sugestão dos socialistas: a criação de uma bolsa de estacionamento para suprir o encerramento do Parque da SECIL, o que levou ao voto contra a proposta da CDU por parte o PS. André Martins, presidente da Câmara Municipal, reconheceu os argumentos da oposição, mas defendeu a proposta.

O líder do executivo recorreu à mesma narrativa apresentada pela vereadora Rita Carvalho, lembrando que estas medidas vão também ao encontro de preocupações levantadas, desde há vários anos, pela GNR, Bombeiros e Protecção Civil.

O autarca recordou ainda, respondendo à questão de acesso a outras praias, que tem sido sempre favorável à inclusão do Passe Navegante à travessia para Tróia.

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