20 Abril 2024, Sábado
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Setubalenses manifestam gratidão aos profissionais de saúde por aguentarem o ‘barco’ no Hospital de São Bernardo

Dezenas de cidadãos dizem também ser necessário e importante os membros do Centro Hospitalar sadino sentirem-se apoiados

 

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Foram dezenas os setubalenses que manifestaram a sua gratidão aos profissionais de saúde, em concentração frente ao Hospital de São Bernardo no passado sábado, pelo “esforço e empenho” que têm feito em aguentar o ‘barco’, ao mesmo tempo que o Centro Hospital de Setúbal (CHS) está a atravessar uma situação de ruptura.

O encontro foi organizado por Alexandre Correia e Dina Castanheira, utentes do CHS, através das redes sociais, por considerarem que também “é importante os profissionais sentirem o apoio da população”.

Além de afirmar querer lutar por mais investimento, mais meios humanos em diferentes especialistas e até pela reclassificação da unidade hospitalar, Alexandre Correia explicou a O SETUBALENSE que é igualmente urgente “os médicos, enfermeiros e técnicos auxiliares de saúde saberem que as populações estão do seu lado”.

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“Estes profissionais, que andam esgotados e que se esforçam para as coisas funcionarem, a maior parte das vezes são “agredidos” pelas populações. O desgaste é tão grande que nós não vemos que eles também são vítimas desta situação”, explicou.

Por esse motivo, sublinha que “não basta bater palmas à janela ou fazer monumentos bonitos”, mas sim “mostrar gratidão”.

Na concentração voltou a marcar presença Nuno Fachada, director clínico demissionário, acompanhado de outros médicos do CHS, depois de ter estado também ao lado da população na manifestação de dia 12 de Outubro, que juntou mais de 300 pessoas.

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“Estou aqui enquanto cidadão e utente. Esta manifestação é merecedora de apoio e respeito porque é organizada em favor das condições assistenciais da população e de trabalho dos profissionais”, frisou a O SETUBALENSE.

Em seguida, relembrou o estado de degradação em que está o Hospital de São Bernardo, voltando a relacionar a tomada de posição dos 87 profissionais com cargos de direcção, que pediram igualmente a sua demissão, com “o extremo da situação de ruptura e com a pouca atenção que o CHS tem tido”.

“Estamos geograficamente numa zona de ‘charneira’. É capital de distrito e não é merecedor de continuar a ser um hospital maltratado”, atirou.

Já através de manifesto, os médicos disseram durante a acção querer continuar a trabalhar no Serviço Nacional de Saúde, mas que não os estão a deixar. “Opomo-nos à perda de especialidades e competências. Batemo-nos para que o CHS seja reclassificado. Só assim, o hospital pode ser financiado pelo que faz e deixar de ser uma fonte de prejuízo”.

De futuro, de acordo com Dina Castanheira, “se nada for feito, a população continuará a utilizar a sua voz e a sair à rua, em nome do Hospital de Setúbal e dos seus profissionais”. “Também os profissionais adoecem, são seres humanos. São precisas agora e com urgência melhores condições para todos”, frisou, a concluir.

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