29 Março 2024, Sexta-feira
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João José Pires é o novo Comandante do Comando Distrital de Setúbal da PSP

O novo responsável desempenhava a função de 2.º comandante da Unidade Especial de Polícia, em Lisboa, e sucede a Manuel Viola Silva, que entrou na pré-aposentação

 

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O superintendente João José Ramalhete Marques Pires, 55 anos, é a partir de hoje o novo Comandante do Comando Distrital de Setúbal da Polícia de Segurança Pública (PSP). O até agora 2.º Comandante da Unidade Especial de Polícia, em Lisboa, vai ser empossado ao final desta manhã, a partir das 12 horas, em cerimónia a ter lugar na sede da direcção nacional daquela força de autoridade.

João José Pires foi designado para o cargo no passado dia 20, em regime de comissão de serviço por um período de três anos, por despacho do ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita, e sucede a Manuel Viola Silva que entrou na pré-aposentação.

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O novo líder do comando distrital de Setúbal – que desde Fevereiro de 2010 desempenhava a função de 2.º Comandante da Unidade Especial de Polícia – foi “Chefe de Divisão na Direcção Nacional [da PSP] (de Novembro de 2002 a Junho de 2008)”, após ter sido “responsável pelas matérias do Gabinete de Relações Exteriores e Cooperação (de Novembro de 2000 a Novembro de 2002)”, lê-se na síntese curricular publicada no despacho de nomeação.

No plano internacional, João José Pires foi “assessor no Projecto de Cooperação Técnico-Policial com a Guiné-Bissau para a Assistência Técnica à Criação da Academia de Polícia (de 6 de Junho de 2008 a 30 de Junho de 2009)” e participou na “Assistência Técnica à Polícia de Ordem Pública no domínio do planeamento estratégico e gestão operacional (de 1 de Julho a 31 de Dezembro de 2009), junto do ministro do Interior da Guiné-Bissau”. Isto além de ter ainda assumido a “representação policial portuguesa no Comité da Gestão Civil de Crises (CIVCOM) do Conselho da Europa e no respectivo grupo de peritos de polícia (Outubro de 2001 a Novembro de 2002)”.

João José Pires é licenciado em Ciências Policiais pelo Instituto Superior de Ciências Policiais e Segurança Interna (ISCPSI) e, ao nível da formação profissional, detém “o Curso de Direcção e Estratégia Policial, o Curso Gestão de Grandes Eventos, o Senior Police Officer Planning and Command Course for Crisis Management Operations e o Curso de Gestão de Incidentes Táctico-Policiais”. Apresenta “louvores e condecorações outorgados por entidades nacionais e internacionais”.

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Viola Silva diz que Comando de Setúbal é o melhor do País

O novo responsável sucede no cargo a Manuel Viola Silva, que cumpriu funções até sexta-feira passada e deixou uma mensagem de despedida na página que administra na rede social Facebook.

Viola Silva

“Ontem, dia 22 de Outubro de 2021, terminou a minha carreira como Oficial da PSP. Foram 37 anos muito intensos, pois não sei viver de outra forma, a maior parte deles como comandante operacional, onde vi muita coisa, passei por muita coisa, boas e menos boas, passei ‘momentos de aperto’ e alguns muito complicados. Mas chegado ao fim sinto-me em paz comigo próprio, pois tenho a consciência do dever cumprido e sei que sempre dei o melhor de mim no cumprimento da minha missão”, escreveu o ex-comandante, que sublinha ter saído da PSP tal como entrou.

“Quando entrei em 1984, como jovem cadete, na [então] recém inaugurada Escola Superior de Polícia, para frequentar o 1.º Curso de Oficiais da PSP, entrei com a coluna vertebral bem direita e sinto que ao fim de tantos anos saio com ela tão direita tal como entrei, pois sempre entendi ao longo da minha carreira que se ‘para chegar a algum lado’ tivesse de dobrar a coluna ou abdicar de algum princípio fundamental de vida, isso não valeria a pena.”

“Algumas vezes ‘comprei guerras’, externas e internamente, para defender os meus subordinados, apenas pelo simples motivo de que tinham razão. Apesar de todo desgaste que isso me deu e algumas animosidades que ganhei, olhando hoje para trás não me arrependo, pois sei que fiz o que estava certo e que fui leal para com os meus subordinados, tal como eles em geral sempre o foram para comigo”, admite Viola Silva, que frisa nunca ter fugido de assumir as suas responsabilidades. E deixa a avaliação do seu trajecto para outros, mas com uma certeza. “Sei que fui ‘Polícia’ sem qualquer dúvida, agora competente ou incompetente, justo ou injusto como comandante, isso só os outros poderão avaliar.”

Na hora da despedida, apontou ainda três funções que confessa terem-no marcado especialmente. “Ter sido escolhido para criar no início dos anos 90 a Brigada Anti-Crime de Setúbal, ter comandado a na altura Secção Policial de Lamego (sempre assumi, com muito orgulho, que fiquei com uma costela lamecense) e ter comandado durante seis anos o Comando Distrital de Setúbal, o ‘Meu Comando’, que considero o melhor Comando do País”, revelou.

“Apesar de ter vestido ontem a farda azul pela última vez, continuarei azul por dentro e a ‘sentir’ a PSP até ao fim da minha vida”, concluiu Viola Silva, que ainda se confessou “feliz” pelos 37 anos de acção na polícia.

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