25 Abril 2024, Quinta-feira
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Francisco Rodrigues dos Santos: “Uma ponte para Tróia podia revolucionar a economia de Setúbal”

Presidente do CDS-PP defende a alteração do mapa das NUTS para que a região possa receber mais fundos estruturais

 

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No âmbito do convite que O SETUBALENSE endereçou aos líderes partidários nacionais, a propósito dos 166 anos que o jornal está a celebrar, o presidente do CDS-PP visitou ontem a redacção do jornal.

Como está a correr a campanha do CDS no distrito de Setúbal?

Com óptimos indicadores, começando no “tiro de partida”, porque há muitos anos que não se verificava o CDS candidatar-se a todos os concelhos do distrito, o que significa uma extraordinária prova de vitalidade e uma mobilidade assinalável do nosso partido com o objectivo que nos propusemos, a nível nacional, para o qual o distrito de Setúbal certamente terá um contributo líquido muito valioso, que é termos mais autarcas eleitos do que tivemos há quatro anos. Oferecemos equipas bastante competentes, em cada um dos concelhos do distrito, umas vezes, em coligação, outras em listas próprias, capazes de virar o país à direita, ou pelo menos começar, por esta região, a catapultar os novos níveis de desenvolvimento económico-social e resgatar do sistema de dependências dos municípios e recuperar do retrocesso a que está votado nos últimos anos.

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Depois de 1993 e 1997, esta é a terceira vez que o partido consegue concorrer a todos os concelhos do distrito. Isso também aumenta a responsabilidade. O que é um bom resultado em Setúbal?

Um bom resultado em Setúbal será exactamente o mesmo que colocamos a nível nacional, eleger mais autarcas no distrito do que tivemos em 2017. Portanto, se somarmos mais um autarca eleito do que tivemos nas últimas autárquicas, poderemos traduzir esse resultado como um crescimento do partido. Nós governamos, pela primeira vez, a Região Autónoma dos Açores e agora, nestas autárquicas, que também cabem neste mandato que tenho à frente da liderança do partido, queremos crescer. O distrito de Setúbal é um território sociologicamente adverso para um partido de direita, como o CDS sempre afirmou.

Diz que é “preciso resgatar do sistema de dependência dos municípios”. O que quer dizer com isso?

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Nos indicadores do desenvolvimento económico e social do distrito de Setúbal, identificamos um conjunto de chagas que ainda não foram debeladas pela esquerda e extrema-esquerda que, maioritariamente, governam este distrito. Refiro-me ao envelhecimento da população, à desertificação, à escassez de oportunidades de emprego e captação de investimento, e ao facto de os mais vulneráveis, nestas terras, ficarem para trás. Queremos alavancar o crescimento económico deste distrito e isso passa por uma actividade económica pujante também por parte das autarquias, que têm de ser facilitadoras da captação de investimento. Em Setúbal, temos um empresário, o Pedro Conceição, vindo da sociedade civil, que quer dinamizar o tecido produtivo e a fileira industrial através de políticas que incentivem a captação de investimento. Queremos que se baixe impostos, para se gerar riqueza, para poder ser distribuída, para se criarem postos de trabalho, para que Setúbal seja uma terra onde os mais jovens possam constituir família e cumprir o seu projecto de vida, mas também que não se esqueça os mais idosos. A população está a envelhecer e a nível nacional observamos uma queda recorde da natalidade, que é bem patente do estado em que se encontra o nosso país. Precisamos de políticas activas para cuidar de quem cuidou de nós, com apoios na compra de medicamentos, para que os mais pobres não sejam confrontados com a escolha, desumana, entre comprar alimentos ou comprar medicamentos.

Um dos problemas da Península de Setúbal é a discriminação no acesso aos fundos comunitários. O líder do CDS é sensível a este problema?

Claro que sim. Colocar Setúbal na Área Metropolitana de Lisboa tem esses problemas: a redução das verbas que são consignadas a esta circunscrição e o facto de concorrer com Lisboa, que, como se vê, na aplicação dos fundos estruturais, acaba por ser prioritária na injecção desses dinheiros, o que aumenta as assimetrias com outras zonas do país e até mesmo dentro da própria AML. Esse é um trabalho que deve começar com os autarcas e até hoje não temos ouvido essa reclamação por parte dos representantes do concelho de Setúbal. Na visita de barco que fizemos hoje, o Pedro Conceição tocou exactamente no ponto das NUTS. É necessário repensar a arquitectura das NUTS cujo tema está envolvido para que Setúbal possa ter a atenção que merece, para elevar-se ao estatuto de ser o terceiro concelho do país. É a ambição da candidatura e tem potencial para o conseguir atingir. O Pedro Conceição tem projectos. Queremos aplicar fundos estruturais em Setúbal, como, por exemplo, numa ponte, ou ligação rodoviária, entre Setúbal e Tróia. Isto podia revolucionar a economia de Setúbal e captar muitos mais turistas, bem como reduzir as assimetrias e melhorar as acessibilidades e a mobilidade dentro do próprio concelho. A ponte para Tróia também aproximará as pessoas do Hospital de Setúbal, que tem perdido centralidade.

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