As diferenças entre o corpo dos Bombeiros Voluntários do Montijo e a direccão desta associação extravasam o processo polémico da sucessão do comandante da corporação. Em causa estão também problemas de carência operacional e os bombeiros esperam até à próxima segunda-feira por respostas da direcção.
Na última terça-feira, o elenco directivo presidido por Amável Pires reuniu-se com Luís Silva, comandante interino da unidade, depois de na véspera ter recebido dos bombeiros uma missiva sobre vários problemas de operacionalidade, que foi também endereçada ao presidente da Câmara Municipal do Montijo, à Autoridade Nacional de Emergência e Protecção Civil, à Liga dos Bombeiros Portugueses, ao INEM, à Inspecção da Direcção Nacional de Bombeiros e à Federação dos Bombeiros do Distrito de Setúbal.
A reunião com o comandante interino “decorreu de forma transparente, cordial e aberta” e a direcção “comprometeu-se a dar resposta” às questões levantadas pelos bombeiros, disse fonte interna da corporação a O SETUBALENSE. “Foi assumido que não há ainda contrato firmado com qualquer comandante, só existiram contactos [com Pedro Davidoff, 2.° comandante na Cruz Lusa de Faro]”, adiantou a mesma fonte, ao mesmo tempo que sublinhou que a sucessão do comandante foi apenas um dos aspectos focados na carta.
A missiva elenca “as várias carências operacionais”, que até ao momento “não têm sido vistas com a melhor atenção pela direcção”. Para hoje foi convocada uma reunião dos órgãos sociais da associação, da qual o corpo de bombeiros espera que saiam respostas. Ainda de acordo com a mesma fonte, o corpo de bombeiros “tornará a missiva pública no caso de ausência de resposta da direcção”. Para já, o corpo de bombeiros continua a assegurar os compromissos operacionais com a população e os serviços de socorro.
