20 Abril 2024, Sábado
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André Martins confirmado pelo PCP como cabeça-de-lista à Câmara de Setúbal

Dirigente do PEV afirma que deixou a vereação em 2017 para assistir a mãe e explica posição sobre dragagens e touradas

 

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A candidatura de André Martins, actual presidente da Assembleia Municipal, como cabeça-de-lista à Câmara Municipal de Setúbal, pela CDU, nas próximas eleições autárquicas, já foi aprovada pelo PCP, confirmou O SETUBALENSE junto de várias fontes próximas da decisão.

A escolha do ex-vereador e dirigente do PEV já tinha sido avançada pelo nosso jornal e foi, entretanto, aprovada pelo principal partido da coligação, mas, ainda assim, o candidato não quis confirmar. “Fui convidado para pensar na possibilidade de ser candidato, pensei e manifestei a minha disponibilidade”, limitou-se a dizer, quando questionado.

No entanto, aceitou responder a outras questões sobre o passado, que tem sido referidas nas redes sociais desde que se sabe que André Martins vai ser candidato ao lugar actualmente ocupado por Maria das Dores Meira.

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Garante que não foi por cansaço que deixou o cargo de vereador, em 2017, mas para dar assistência à mãe “que vivia numa aldeia isolada” e estava doente.

“Quando alguém, que nos deu tudo na vida, precisa de nós, somos obrigados a tomar opções”, justifica André Martins que aproveita para “agradecer a todos os que na altura trabalhavam na Câmara Municipal, que, durante seis meses anteriores, me permitiram ir todos os fins-de-semana à terra”.

O agora candidato refere que “as razões da indisponibilidade já não existem” e que tem uma razão acrescida para querer presidir à Câmara. A obra que começou enquanto vereador não está terminada. “Também é preciso dizer que quando sai havia um plano de trabalho, que está em andamento. As obras continuam e ainda não estão concluídas. Isto dá-me motivação para continuar ligado a Setúbal. Esse plano de transformação de Setúbal que foi gizado quando era vereador e que ainda não está terminado.”, afirma.

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Contra as touradas e cuidadoso nas dragagens

Sobre as dragagens no Sado, o dirigente do PEV diz que, “por principio” não é contra as dragagens, até porque tem havido outras no rio, mas mostra-se preocupado com a forma como decorreu o processo”.

O parecer da Câmara de Setúbal ao Estudo de Impacte Ambiental (EIA) foi feito sob orientação de André Martins, que tem também, enquanto presidente da Assembleia Municipal, “acompanhado” o trabalho da comissão criada para avaliar o processo. “Enquanto esse trabalho da comissão está a decorrer não devia pronunciar-me”, escuda-se, mas adianta que se revê nas posições do PEV sobre a matéria “nomeadamente na proposta apresentada na Assembleia da República para suspender as dragagens para melhor avaliação do processo”.

André Martins recorda que no final dos anos 80, princípios dos 90, participou nos movimentos que contestavam dragagens no Sado. “Era uma preocupação muito grande porque o canal estaria impregnado de metais pesados e eu participei nesses movimentos, mas as dragagens foram feitas e pode concluir-se que, na dinâmica do rio, os metais foram conduzidos, pelas marés, para o oceano. Não houve impactos de grande relevância para o estuário.”, lembra.

“Nessa altura não havia instrumentos de avaliação ambiental como os que hoje existem. Também temos de ter confiança no conhecimento científico.”, acrescenta ainda.

Sobre as touradas, o dirigente do PEV garante que é “contra os maus-tratos a animais”. “É uma posição de princípio mais abrangente que a questão das touradas e não é de agora”, afirma e recorda que quando foi deputado apresentou na Assembleia da República “vários projectos-lei, com deputados de vários partidos, sobre os direitos dos animais, onde naturalmente as touradas se incluem”.

E explica por que razão, quando era vereador, em 2010, chumbou uma moção que contestava a realização da tourada da Feira de Sant’Iago numa praça desmontável na Várzea.

“As touradas sempre estiveram integradas na feira, faziam-se na Praça de Touros Carlos Relvas, mas, nesse ano, não se podia fazer nesse local e a Câmara acordou com o promotor a instalação de uma praça desmontável na Várzea. Eu mantive a minha posição, no seio da CDU, e fiquei vencido, mas há a importância da solidariedade com o resto do executivo, até porque, nessa altura, a CDU tinha maioria relativa. Se eu não votasse contra a tourada não se realizava. A questão foi ser solidário com o colectivo. A minha posição de princípio é contra os maus-tratos aos animais.”, afiança André Martins.

 

 

 

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