20 Abril 2024, Sábado
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Associação Náutica Montijense deve lançar nova escola já no próximo ano

Projecto permitirá “tirar” a carta de marinheiro, a de patrão local, entre outras de navegador de recreio, revela o presidente da ANAU, Luís Vaz Anjos

 

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Com um total de 225 sócios, dos três aos 82 anos, a Associação Náutica Montijense (ANAU) conquistou espaço, património e prepara-se para crescer. Luís Vaz Anjos, 37 anos, preside à direcção desde 3 de Setembro de 2011 e assume que a criação de uma escola náutica está para breve.

Ao mesmo tempo, o dirigente explica porque considera a associação como uma referência regional na formação e promoção dos desportos náuticos. E sublinha que “toda a actividade praticada na ANAU é gratuita”.

Ao fim de apenas 11 anos de existência, a associação já conta com 57 embarcações, uma escola de vela – por onde “passaram cerca de 400 crianças”, lembra o presidente – e o grupo de percussão “ANAU a Rufar”.

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A ANAU cumpriu no passado dia 11 o 11.° ano de vida. Como e onde surgiu a ideia de criar esta associação?

A ANAU surge como resultado da necessidade sentida em fomentar e promover o convívio entre os amantes de barcos típicos do Tejo e do mar. Tudo começou no dia 11 de Novembro de 2009, devido à representação de embarcações típicas do Tejo ser muito reduzida.

Nasceu assim o embrião daquilo que é hoje a ANAU. Na altura foi logo identificada como missão, da associação a constituir, a promoção das actividades relacionadas com náutica de recreio e a defesa dos legítimos interesses dos seus utentes.

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No ano transacto foram medalhados todos os sócios que completaram 10 anos de filiação à ANAU. Dos 15 sócios fundadores, 14 foram medalhados e continuam activos, o que nos honra bastante.

Quantos sócios tem actualmente a ANAU?

Actualmente tem 225 sócios inscritos, 51 femininos e 174 masculinos. [Por faixas etárias] 23 associados têm entre os três e os 18 anos, 149 sócios têm entre os 18 e os 65 anos e 53 têm entre os 65 e os 82 anos.

Ao olhar para trás, como tem sido a afirmação da associação no concelho? Superou as expectativas iniciais?

Superou a todos os níveis. Esta associação tem a particularidade de, em 11 anos de existência, ter conseguido enriquecer o seu património de forma exemplar e notável. Começámos sem nada e actualmente temos um património marítimo que nos merece todo o orgulho e divulgação. A ANAU já possui várias embarcações: 27 de classe “Optimist”, 11 de classe “L’Equipe”, sete da classe “Vaurien”, duas de classe “DOT”, uma de classe “420”, duas de classe “470”, além de duas embarcações tradicionais do Tejo (catraios), três embarcações semirrígidas de apoio às actividades náuticas e duas baleeiras.

Contam com uma escola de vela e também com um grupo de percussão. Quantos praticantes têm numa e noutra actividade? Estão a funcionar actualmente?

A ANAU neste momento tem na vela ligeira 13 atletas, na escola de vela oito atletas e na vela para adultos nove atletas. Na percussão temos actualmente 18 rufadores. Ambas as atividades encontram-se suspensas devido à conjuntura [pandémica] que atravessamos.

Disse, numa mensagem aos sócios, que a ANAU é já hoje uma referência regional na formação e promoção dos desportos náuticos. Quer explicar porquê? Aspiram a ser uma referência nacional?

A ANAU nasce com uma vontade enorme de promover a vela ligeira no Montijo, mas ao depararmo-nos com a difícil realidade e dificuldade em atingir esse objectivo só conseguimos arrancar com esse projecto há cerca de três anos. Fruto da vontade e da colaboração de alguns membros, rapidamente atingimos vários objectivos, como por exemplo boas classificações em regatas. Quando assumo que a ANAU é já hoje uma referência regional na formação e promoção dos desportos náuticos, assumo de forma consciente pelos convites a nível regional para participação em vários eventos. O mais recente foi evento “Jogos do Futuro”. Nos últimos anos passaram por esta escola de vela cerca de 400 crianças, muitas das quais ficaram connosco na escola.

Em relação a ser uma referência nacional, acreditamos que isso será bastante difícil pois toda a actividade praticada nesta associação é gratuita e o desporto em causa é bastante caro. É certo que temos potencial para muito mais, mas infelizmente as questões financeiras falam mais alto.

O que falta para lançar uma escola náutica e em que moldes está perspectivada? Têm algum prazo pensado para o conseguir?

No nosso projecto, seguindo bons exemplos de escolas náuticas de concelhos vizinhos, os moldes do mesmo resumem-se às condições por nós criadas num espaço físico na nossa sede. Serão administrados cursos, tais como carta de marinheiro, carta de patrão local entre outras cartas de navegador de recreio. Esse espaço irá permitir também a realização de outras actividades, como aulas teóricas na escola de vela, aulas teóricas no ensino de percussão e brevemente aulas de música.

O prazo por nós idealizado estava definido para um futuro muito breve. Estava previsto o arranque da escola náutica para este ano, mas devido à pandemia não foi possível. Acreditamos que no próximo ano conseguiremos atingir essa meta.

 

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