23 Abril 2024, Terça-feira
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Situação de aterro no Zambujal considerada “inadmissível”

Município sesimbrense contesta e afirma que a gestão da situação é de “difícil compreensão”, enquanto que um grupo de moradores pondera avançar para manifestação no local

 

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A Câmara Municipal de Sesimbra voltou a contestar a continuidade do aterro ilegal situado na localidade de Zambujal de Cima, perto da praia do Ribeiro do Cavalo, situação que ao longo de mais de um ano tem motivado várias comunicações da autarquia às entidades responsáveis. Desta vez, o município enviou uma notificação à Comissão de Coordenação Regional de Lisboa e Vale do Tejo, considerando “inadmissível que, apesar de ter havido uma revogação de licença, continuem a ser depositados e queimados resíduos sem que haja qualquer intervenção das entidades competentes”.

“Sabemos, por vossa informação, que se encontra a decorrer os trâmites de uma acção/investigação no Ministério Público relativo ao assunto em apreço, mas compreenderão também que para o cidadão comum (e permitam-me até para mim próprio) é de difícil compreensão, que qualquer ação mais tempestiva, coerciva ou mesmo efetiva por parte das entidades competentes só possa ocorrer após um eventual inquérito ou ação administrativa do MP”, pode ler-se no documento, assinado pelo presidente Francisco Jesus e enviado com conhecimento do Ministro do Ambiente, da GNR – SEPNA, da Inspeção-Geral da Agricultura, Mar, Ambiente e Ordenamento do Território e do Ministério Público.

Recorde-se que, de acordo com a autarquia, a licença de funcionamento deste aterro foi revogada em junho de 2019 mas o aterro continua no ativo. Em agosto do ano passado houve um incêndio no local e, desde esse incidente, começaram a surgir relatos de um cheiro desagradável que desde então vem incomodado a população local.

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População pensa avançar com manifestação

Através das redes sociais, um grupo de cidadãos está a ponderar a realização de uma manifestação junto ao local com o intuito de demonstrar o descontentamento com o cenário atual, bem como a preparar uma lista de reivindicações no sentido de repor a legalidade, apurar responsabilidades e exigir uma análise à qualidade do ar e possíveis riscos para a saúde pública e ambiental.

Tal cenário foi também mencionado na comunicação enviada pela autarquia, que refere que se trata de uma situação de revolta justa: “Solicitamos a rápida intervenção sobre esta questão, na medida em que, face ao avolumar exponencial da revolta dos cidadãos sobre o tema, será de antever que teremos em breve várias ações populares, as quais pela ausência de respostas e de informação, nos parecem de maior justiça.”

 

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