29 Março 2024, Sexta-feira
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Professora de música Ângela Morais recebeu Menção Honrosa da Global Teacher Prize

Prémio na categoria “Adaptação e Inovação no Ensino à Distância” é para a professora seixalense um passo para novos projectos

Ângela Morais é professora na freguesia de Arrentela, concelho do Seixal, e acabou de receber a Menção Honrosa na categoria “Adaptação e Inovação no Ensino à Distância” na terceira edição do Global Teacher Prize, um concurso internacional promovido pela Fundação Varkey, reconhecido como o “Nobel da Educação”.

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“Sinto uma honra enorme por ser o rosto dos professores do Estudo em Casa, um projecto com uma missão e foi bem-sucedido”, comenta a professora de Educação Musical efectiva no Colégio Atlântico em Pinhal de Frades, Arrentela, sobre a nova TeleEscola que começou na RTP2 a partir de Março do ano passado, devido ao encerramento das escolas por causa da pandemia.

A participação no Global Teacher Prize obriga a candidatura, e entre os professores portugueses foram cerca de uma centena os que se propuseram. “Fiz a minha candidatura online em Março, não para obter a Menção Honrosa, mas para promover o meu projecto de Concertos Solidários que envolve 250 alunos do 2.º ano do Colégio Atlântico”, conta Ângela Morais.

“Como tinha dado aulas através do Estudo em Casa, a Global Teacher Prize nomeou-me como finalista na categoria “Ensino à Distância”, conta a professora que vê a Menção Honrosa que recebeu como um reconhecimento e o “culminar de muitos anos de trabalho em vários projectos que tenho desenvolvido ao longo da minha carreira”.

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Questionada sobre o passo seguinte depois de ter recebido este prémio, a professora de educação musical diz estar “já um ano à frente”, e não revela o que lhe está nos planos, mas avança que a parte monetária do prémio “é para investir nos meus projectos educativos”.

Projectos estes que acaba por unir com a sua actividade de voluntariado na Associação de Ajuda humanitária “Dá-me a tua mão”.

Aliás, os concertos solidários do coro, que desenvolve, anualmente, com os seus alunos, e com apoio do Colégio Atlântico, têm por fundamento angariar donativos para esta associação que, em carrinhas de voluntários, percorre as ruas do concelho do Seixal para levar bens alimentares à população sem-abrigo.

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Para além destes concertos, as Vozes do Atlântico têm actuado em vários grandes palcos, alguns vezes ao lado da banda da PSP, como aconteceu no Casino do Estoril.
É a falar deste coro das ‘suas’ crianças que Ângela Morais parece sentir-se mais à vontade, a cada palavra sobre a Menção Honrosa, inevitavelmente escorrega para o trabalho com as crianças. “Ninguém fica de fora, se o aluno não souber cantar, mas quiser participar, arranjamos maneira de o posicionar no coro”.

E assim o grupo já actuou no pavilhão Altice Arena, em Lisboa, frente ao Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, participou em espectáculos solidários e tem já planeado actuações em palcos de Lisboa e Porto com os seus tributos que já se focaram em canções da banda britânica de rock Queen e noutras de Michael Jackson. Agora está a ser trabalhado o tributo aos Beatles. “Trabalhamos em aula e depois fazemos os espectáculos”, como aconteceu o ano passado nas Festas de S Pedro, no Seixal, com a interpretação de temas do “Rei da Pop”.

“Não consigo parar, tenho sempre projectos e sonhos para realizar com os meus alunos”, conta Ângela Morais; ela que quando participou numa edição do programa da RTP “O Preço Certo”, pôs o apresentador Fernando Mendes e o público a dançarem uma música erudita ao jeito de uma receita de panqueca; é estranho, mas aconteceu.

Tudo começou na União e com um saxofone

Ângela Morais nasceu no concelho do Seixal, vive no concelho e lecciona no mesmo, na Arrentela. “Sempre quis ser professora de Educação Musical”, afirma.

A paixão pela música teve início aos 15 anos quando começou a estudar saxofone na Sociedade Filarmónica União Seixalense. Daqui passou para a Academia Luísa Todi, em Setúbal.

A vontade de estudar a vertente pedagógica levou-a a frequentar a Escola Superior de Educação dos Instituto Politécnico de Setúbal. Hoje lecciona no Colégio Atlântico e leva a música e um coro de alunos para grandes palcos do País.

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