20 Abril 2024, Sábado
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Surto de Covid-19 faz dois mortos no lar Villa Máryah que tem agora 39 casos confirmados

Cinco idosos continuam internados no hospital de Setúbal. Quatro recuperaram. Mas há mais sete funcionários infectados

 

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O surto de Covid-19 que atingiu o lar de idosos Villa Máryah, em Palmela, já provocou duas vítimas mortais entre os residentes e, no domingo, 27, o número de infectados aumentou de 36 para 39.

Um dos seis utentes que foram internados no hospital de Setúbal faleceu no domingo, apurou O SETUBALENSE junto de fonte da Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo (ARSLVT).

De acordo com a mesma fonte, a outra vítima mortal foi registada logo nos primeiros dias, entre quarta-feira – quando foi detectado o surto – e quinta-feira.

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Ontem, o número de casos activos era 39, mais três infectados em relação à última sexta-feira. Mas agora com uma distribuição diferente, fruto de, neste período, quatro dos 25 utentes inicialmente infectados terem sido considerados “recuperados, depois de testarem negativo”, e de o número de casos positivos entre “funcionários” ter passado “de 11 para 18”.

São agora 21 os residentes infectados – 16 encontram-se a recuperar, em isolamento, no lar; e cinco continuam a receber cuidados em internamento hospitalar –, a juntar aos 18 casos positivos entre funcionários (mais sete do que na sexta-feira).

Antes de sábado, já tinham sido “realizadas duas visitas ao lar pela equipa de saúde pública para diagnóstico de situação e determinação das medidas de prevenção” à transmissão do vírus.

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O lar Villa Máryah conta com “80 utentes” e “37 funcionários”. Todos foram testados.
O SETUBALENSE contactou a residencial mas os responsáveis do lar recusaram-se a prestar declarações e remeteram todos os esclarecimentos para as autoridades de saúde.

Álvaro Amaro diz que surto está controlado e apela a testes

Já Álvaro Balseiro Amaro, presidente da Câmara Municipal de Palmela, garantiu que “o surto está controlado e a ser monitorizado”.

O equipamento, afirmou o autarca, “tem condições” para assegurar todas as medidas determinadas pelas autoridades de saúde, como o isolamento dos infectados e a afectação de funcionários apenas para tratarem destes doentes.

O aumento de casos positivos no concelho tem sido significativo nos últimos tempos e há um denominador comum que o justifica.

“Aumentámos em mais cem por cento os casos no espaço de três ou quatro semanas devido a dois surtos em lares de idosos”, confirmou. E adiantou: “Isto só vem reforçar que a necessidade de testagem dos profissionais tem de ser mais frequente e que o acompanhamento destas estruturas residenciais nos deve suscitar quase uma ‘task force’ [grupo de trabalho ou força de intervenção].”

Os surtos nos lares colocam assim o problema das estruturas residenciais “de novo na ordem do dia”, comentou. Ao mesmo tempo sublinhou as medidas que preconiza para este sector social. “Defendo uma rede nacional de lares públicos, a par do investimento nos privados e nas IPSS, que também devem ter apoio nestas respostas sociais para poderem qualificar as suas instalações, terem formação de profissionais e a constituição de algumas equipas mistas, com elementos da área da saúde.”

Quanto ao papel da autarquia, face ao aumento de casos no concelho, Álvaro Amaro é peremptório: “Neste momento as medidas que estão tomadas, e que competem aos municípios tomar, são adequadas. As pessoas, as empresas, as instituições não podem facilitar nem transigir no cumprimento das regras”, concluiu.

O concelho de Palmela contabilizava ontem, segundo os dados revelados pela Câmara Municipal, 98 infectados activos, 118 recuperados e 12 óbitos, para um total de 228 casos registados desde o início da pandemia.

Câmara sete funcionários de baixa após um trabalhador ter testado positivo

À margem do mais recente surto de Covid-19 no concelho, Álvaro Amaro revelou que foi registado “um caso positivo na brigada” de funcionários autárquicos que desempenha funções “nos Serviços Operacionais”.

“Temos neste momento um caso que surgiu na última quinta-feira. Estão sete pessoas em casa, por prevenção”, disse o presidente da Câmara. A situação, admitiu, “obrigou a um reajustamento no serviço prestado, já que se trata de uma brigada de apoio à logística”. O autarca adiantou que “tiveram de ser encontradas alternativas”. Ainda assim, a baixa destes funcionários acabou por ter impacto no normal funcionamento do sector. “Nos dois primeiros dias tivemos de suspender respostas, serviços e compromissos que, sem as pessoas, não se conseguem fazer”, reconheceu.

Os funcionários em isolamento domiciliário tinham agendada para ontem a realização de testes de despistagem ao vírus, avançou o autarca que confessou já ter sido testado “duas vezes por iniciativa própria”.

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