O presente e o futuro do Centro Hospitalar de Setúbal vai ser hoje debatido, a partir das 11h30, no Auditório Municipal Charlot, numa sessão pública promovida pela Ordem dos Médicos que alerta para o risco de a unidade hospitalar poder vir a perder várias especialidades.
A iniciativa vai contar com as participações de Amaral Canelas, vice-presidente do Distrito Médico de Serúbal da Ordem dos Médicos, Eugénio Fonseca, presidente do Conselho Consultivo, e José Poças, ex-coordenador da Comissão de Crise Covid-19 do Centro Hospitalar de Setúbal (CHS).
Segundo a Ordem dos Médicos, “as estruturas obsoletas e reduzidas do CHS, bem como o facto de não ser reconhecida totalmente a sua diferenciação, estão a comprometer a capacidade de resposta” da referida unidade de referência na zona sul do país.
O bastonário da Ordem dos Médicos “alerta para o risco de o hospital continuar a perder profissionais de excelência, o que se traduzirá em menos valências e especialidades para os utentes”, pode ler-se em comunicado.
Em risco estão especialidades como “a anatomia patológica, que conta com apenas uma especialista, com 60 anos” e “os cuidados intensivos”, que “mantêm estrutura física idêntica e a mesma capacidade de internamento (sete camas) desde a sua inauguração em 1985”, número “muito aquém do rácio de camas críticas recomendado”.