29 Março 2024, Sexta-feira
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Vereador Carlos Rabaçal garante que Câmara nunca discutiu presença da PSP na Bela Vista

O vereador da Protecção Civil na Câmara de Setúbal, Carlos Rabaçal, esclareceu que a autarquia não tem uma posição nem nunca discutiu sobre a presença de uma esquadra da PSP na Bela Vista.

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“Há quem coloque essa questão e é uma dúvida que se coloca das vantagens e desvantagens de ter ali a esquadra, mas é uma matéria sobre a qual o município não tem opinião, não tem posição definida e nem sequer discutiu esse assunto”, afiançou o autarca, em declarações à Lusa.

No último sábado, no discurso de abertura do Roteiro para uma Educação Antirracista, dinamizada pelo Instituto Politécnico de Setúbal, Carlos Rabaçal considerou que alguns dos incidentes que ocorrem no bairro acabam por ter mais impacto pela presença de uma esquadra da polícia. “Nós temos uma ideia de que se não tivéssemos uma esquadra da polícia na Bela Vista, não teria havido nenhum daqueles incidentes, porque estas situações no bairro são sempre de jovens contra a esquadra, com polícia de intervenção na esquadra, mas nunca tivemos acções de grande complexidade, sempre a polícia a defender a esquadra”, disse então.

Contudo, adianta agora, nunca foi considerada pela Câmara Municipal a hipótese de saída da esquadra da PSP. O que pretendia, explica, era “fazer uma referência a opiniões” que vai ouvindo nas reuniões de moradores do bairro da Bela Vista, tendo em conta que “todos os acontecimentos se focam à volta da esquadra” e que o “aparato policial que é mobilizado, no essencial, é para proteger a esquadra”.

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Também no sábado, o autarca afirmou que os últimos acontecimentos na Bela Vista “não foram miúdos a reagir a problemas racistas ou a violência policial naquela zona”, considerando que “foi uma coisa de mimetismo de gente branca”.

Carlos Rabaçal explica também agora que apenas pretendia fazer referência a “um comportamento de mimetismo, isto é, de imitação por parte de jovens do bairro da Bela Vista”, garantindo que o lançamento de ‘cocktails molotov’, incêndios em caixotes do lixo e a um autocarro foram reacções de jovens “numa lógica de imitação”.

“É habitual depois de acontecimentos como aqueles no Seixal, haver reacções de grupos organizados com uma perspectiva política, estruturada, pensada, que actuam em função de uma acção solidária. No caso concreto da Bela Vista, tanto quanto conseguimos perceber, isso não aconteceu assim. Tratou-se de actos isolados que nós dissemos desde o início, de jovens do bairro, com uma lógica de imitação. Decidiram devolver este tipo acções numa permanente litigação com a polícia e à volta da esquadra”, esclareceu.

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‘Gente branca’ explicada

Além disso, com a expressão “gente branca”, o autarca revela que queria realçar que os desacatos “não incluíam jovens negros, eram todos jovens brancos”, reforçando a ideia de que o grupo identificado “não era estruturado, organizado politicamente e nem sequer corresponde à mesma etnia, como aconteceu noutros momentos no bairro”.

Carlos Rabaçal lembrou também o programa Nosso Bairro Nossa Cidade, dinamizado entre a autarquia e cerca de quatro mil moradores que identificam e decidem em conjunto sobre a resolução de problemas existentes.

“Nós acompanhamos e apoiamos. Isso tem provocado uma relação nos moradores e uma vida comunitária muito próxima, muito intensa e uma grande proximidade de todas as etnias, visto que toda a gente e todas as idades participam de facto com responsabilidades. Há prédios inteiros que elegem uma pessoa cigana, uma pessoa negra, uma pessoa branca, uma mulher, pessoas mais velhas, elegem jovens. Qualquer morador pode ser eleito”, explicou.

O vereador garantiu ainda que o bairro é “sereno e seguro” e que os moradores afirmam que “ninguém irá parar este processo de grande transformação social”.

Lusa

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