O Convento de S. Paulo de Alferrara, monumento construído em 1383, situado na Quinta de S. Paulo, na Serra da Arrábida, já reabriu, parcialmente reabilitado.
O convento integra o património da antiga Quinta de S. Paulo, que é hoje propriedade da Associação de Municípios da Região de Setúbal (AMRS), fica agora disponível para visitas da comunidade, sujeitas a marcação.
A reabertura teve lugar na quinta-feira, ao final do dia, numa cerimónia que juntou algumas dezenas de pessoas e que incluiu uma visita pela área já restaurada, designadamente o claustro, a nave da igreja e o antigo refeitório e respectiva cozinha. No refeitório nasceu uma grande sala de reuniões, com uma soberba vista sobre a encosta da serra.
A obra, no valor de 400 mil euros, teve um prazo de execução de seis meses, e, segundo o presidente da AMRS “cada cêntimo investido valeu a pena”.
A reabertura foi um dia considerado histórico por diversos responsáveis presentes, a começar pela secretária-geral da AMRS, Fátima Mourinho, que recordou o início de um longo processo, iniciado em 1986 com a compra da quinta, pela associação de municípios, à Câmara Municipal de Setúbal.
Fátima Mourinho, emocionada, lembrou ainda que o antigo convento foi recebido pela AMRS “sem espólio, sem azulejos e em estado iminente de ruína”.
Rui Garcia, presidente do conselho directivo da AMRS acrescentou que a reabilitação não está “nem a meio caminho”, mas assegurou que o processo já é “imparável”. “Estamos próximos das eleições, outros dirigentes virão para a AMRS, mas creio que já ninguém vai parar este processo, porque é o caminho certo”, disse o autarca.
O convento fica em território de Palmela, pelo que o vereador Luís Calha, em representação da Câmara de Palmela, disse tratar-se de um dia “especial para a região e para o concelho”. Luís Calha sublinhou que “através da reabilitação valoriza-se a história e a identidade” local e regional e defendeu que “só devolvendo o património à população é possível construir o futuro”. O autarca palmelense terminou dizendo que esta reabilitação do património é “um exemplo para o país”.
A inauguração contou com as presenças do vereador Manuel Pisco, da Câmara de Setúbal e do antigo presidente da AMRS, Alfredo Monteiro, que dirigia a associação na altura em que foi tomada a decisão de reabilitar o convento.