Em 2018 a UNISETI está a assinalar o seu XV aniversário com um conjunto alargado de iniciativas. Desde o ciclo de conferências a “Praça do Sapal”, à atribuição de diplomas de mérito, em reconhecimento do trabalho que alunos e professores desenvolvem em prol da universidade
Arlindo Mota, professor e presidente do Conselho de Administração da UNISETI, apresentou na passada sexta-feira a continuidade da atribuição dos certificados de mérito, no âmbito das celebrações do XV aniversário da universidade. O professor Arlindo Mota destacou que, “estes diplomas, a ser entregues pela primeira vez, pela nossa universidade, representam o reconhecimento atribuído a colectivos e individualidades, que muito fazem pela nossa comunidade, todos os dias”.
O título de Professor Emérito foi entregue ao reconhecido setubalense, professor doutor Mário Moura. “O galardão máximo da UNISETI, atribuído pelos anos que o professor tem dedicado a esta instituição com as suas aulas”, destacou Arlindo Mota.
No momento desta homenagem Mário Moura destacou um agradecimento especial à UNISETI. “São 15 anos de actividade na UNISETI e espero que, se o alemão, o Alzheimer, não me vier importunar, talvez possa voltar a dar as minhas aulas”.
Um momento em que o professor recordou também as palavras do filósofo Jean Paul Sartre “umas pessoas vivem verdadeiramente, outras apenas estão na vida. E aqueles que vivem têm duas obrigações. A primeira é tornar este mundo melhor. A segunda contribuir para o progresso dos seus conterrâneos. Duas coisas quem têm sido feitas com muito sucesso pela UNISETI”.
Na entrega dos Certificados de Mérito foram também distinguidos grupos que, dentro da actividade da UNISETI, expressam as suas aprendizagens, através de iniciativas culturais e apoio à comunidade. Entre os grupos agraciados, o colectivo “Canção da Nossa Memória”; o CIMM – Centro de Iniciativas Manuel de Medeiros; e a professora voluntária visitante, Maria João Pereira Coutinho.
Pessoas e colectividades que o presidente da UNISETI destaca pela disponibilidade permanente, “sempre à disposição da UNISETI e a quem queremos precisamente agradecer esse tempo e essa disponibilidade. Esse tempo. Esse valor. Esse mérito.”
“Escrevemos porque não queremos morrer”
O lançamento da colectânea “A Vida das Palavras”, escrita por alunos da UNISETI, que contribuíram para esta edição extraordinária, através dos seus textos livres, em prosa ou poesia, representa “um desafio lançado a todas as pessoas da UNISETI”, que resultou no trabalho de 29 autores, apresentou Maria do Carmo Branco, vice-presidente da direcção da UNISETI.
“Um livro que revela a importância da escrita na vida e formação de cada um de nós”, comenta Maria do Carmo Branco, citando Carlos Drummond de Andrade, “escritor é tão somente uma certa maneira especial de ver as coisas, se não também uma impossibilidade de as ver de qualquer outra maneira”. A importância de olharmos o mundo de um modo diferente e mostrar aos outros o nosso ponto de vista.
“A Vida das Palavras” deixa deste modo eternizados os resultados de muitos trabalhos individuais que “muito provavelmente se não fosse esta iniciativa, nunca sairiam da gaveta e agora poderão sempre ser recordados”. Nas palavras do escritor José Saramago, a professora comentou ainda, “escrevemos porque não queremos morrer”. E este é o objectivo da colectânea apresentada, deixar vivas na memória as palavras de cada uma das pessoas que participaram em “A Vida das Palavras”.