Fadista setubalense canta em casa e reparte a noite com cantora ribatejana
Será difícil pedir silêncio numa feira, mas o fado justifica o pedido. E a noite de dia 30, apresenta uma fadista cujas raízes vincadamente setubalenses, Deolinda de Jesus, são do conhecimento (e reconhecimento) na cidade que a viu nascer.
Com uma longa carreira iniciada em adolescente, nos anos 70, Deolinda de Jesus construiu uma carreira sólida que a levou a cantar ao lado de nomes lendários do fado, como Manuel Fernandes, Beatriz da Conceição, Cidália Moreira ou Rodrigo, entre outros.

Passou por diversos concursos de fado, que foi conquistando, pelas míticas Grandes Noites do fado no Coliseu de Lisboa, passou por emblemáticas casas de fado e levou a sua voz a eventos culturais além-fronteiras.
Na Feira de Sant’Iago fará seguramente uma viagem pela sua carreira e pelos seus discos, perante um público que conhece e a reconhece. Quanto a Teresa Tapadas, ribatejana, andou pelos coros de igreja, passou por ranchos folclóricos até chegar ao fado.
Gestora por formação, fadista por convicção, é o cartão-de-visita de Teresa Tapadas que já leva 25 anos de uma carreira que a transportou a inúmeros palcos europeus, com passagens diversas pelas Américas do Norte e do Sul, assim como por África.
O seu primeiro grande evento musical, foi há cerca de 25 anos, quando, convidada por Ricardo Pais e Mário Laginha, participou em Raízes Rurais, Paixões Urbanas, e actuou no Teatro S. João, no Porto, na Cité de La Musique, em Paris, e no Teatro da Trindade, em Lisboa. A partir daí, o fado foi sempre o caminho, que passa agora por Setúbal.
Opinião Musical