Espaço em Palmela com custos mensais de 1 700 euros lança apelo à população para angariação de donativos
A Quinta dos Caninos, organização sem fins lucrativos dedicada ao resgate de animais abandonados, encontra-se a passar por dificuldades financeiras devido à proliferação da Covid-19. O espaço, sediado no concelho de Palmela, despende mensalmente cerca de 1 700 euros para alimentação dos 200 animais que ali habitam. Este valor, normalmente suportado por Mirjam Rouden, uma das proprietárias do espaço, não está a ser atingido pois o seu negócio pessoal “está em risco de fechar”, afirma Nelson Fidalgo, o responsável pela quinta.
“O Santuário Animal é um projecto pessoal. E nunca pensámos que chegasse às proporções que chegou. Hoje temos cerca de 120 padrinhos, que ajudam como podem. Por mês são entregues entre 600 a 700 euros e alguma alimentação”. A associação decidiu começar a pedir mais apadrinhamentos e donativos quando se associou à Animal Save, “pois foi também nesta altura que chegaram animais de grande porte à quinta”, afirma o proprietário. “Um valor que agora se revela insuficiente”, pois existem “custos inesperados, como em caso de doença”.
Desta forma, os dois proprietários decidiram deixar uma mensagem à população, através da rede social Facebook, na qual apelam “à angariação de donativos”, para o suporte das despesas. “Os custos não são apenas de comida mas também veterinários, com vacinações ou castrações. Pedimos ajuda mesmo por necessidade, pois não sabemos o tempo em que nos encontraremos em estado de emergência”.
Até ao momento a associação já conseguiu angariar “valores suficientes para garantir os dois próximos meses de alimentação”, mas “não chegam ainda para cobrir todos os custos associados”.
De Quinta a Santuário Animal
Quando o estado de emergência terminar, Nelson Fidalgo tem como principal objectivo “registar a Quinta dos Caninos como Santuário Animal, designação que só há pouco tempo foi legalizada em Portugal”. O espaço, em funcionamento há cerca de um ano e meio, “apenas está registado como organização sem fins lucrativos, mantendo sempre esta designação”. “Queremos um contribuinte próprio para a entrega dos donativos”, revela Nelson Fidalgo.