Município sadino é o único português a participar no projecto. Equipas multidisciplinares fazem ponto de situação do trabalho
O primeiro ano de trabalho do projecto europeu de resiliência climática “CLIMAAX” está a ser avaliado em Setúbal. O município-piloto desta iniciativa, que está a decorrer na cidade até amanhã, é o único representante português do projecto.
Iniciado na tarde de domingo, na Sala de Sessões dos Paços do Conselho, este encontro técnico-científico reúne diferentes equipas multidisciplinares, que estão a fazer um ponto de situação do trabalho até agora realizado no âmbito da estrutura do projecto e do desenvolvimento das ferramentas de trabalho.
A assembleia-geral deste projecto, lançado em Janeiro de 2023 em Delft, Países Baixos, no âmbito da Missão de Adaptação às Alterações Climáticas da União Europeia, está a decorrer na cidade de Setúbal, que além de ser o único português a participar, é um dos cinco municípios europeus envolvidos na iniciativa.
Cristina Coelho, chefe do Gabinete de Apoio ao Desenvolvimento Sustentável e Emergência Ambiental na Câmara Municipal de Setúbal, deu no domingo as boas-vindas aos participantes e “realçou algumas das características” do território setubalense, o qual, cerca de “sessenta por cento integra áreas protegidas”.
Neste encontro sadino, no qual as equipas também participaram em reuniões de trabalho com vista ao desenvolvimento do projecto, participaram ainda o coordenador-geral do CLIMAAX, Bart van den Hurk, assim como a conselheira sénior Frederiek Sperna Weiland.
Em nota de Imprensa, a autarquia setubalense explica que este projecto “procura desenvolver um novo conjunto de ferramentas e serviços, com prioridade ao desenvolvimento da acessibilidade, orientação, sintonia com os contextos locais, interpretação e aceitação pelas autoridades representativas da gestão do risco de desastres e da protecção civil”.
Baseado em estruturas, métodos e ferramentas de avaliação de risco existentes, o CLIMAAX promove o “uso de conjuntos de dados e plataformas de serviços para implantação em escala local e regional, apoiado por um quadro robusto e coordenado de avaliações de risco consistentes, harmonizadas e comparáveis”.
A edilidade sadina esclarece ainda que, no âmbito do CLIMAAX, o município setubalense pode ter acesso a “recursos financeiros e analíticos e apoio prático” para “desenvolver e melhorar o plano regional de riscos climáticos e de emergência”.