PCP quer saber se Governo vai tomar medidas para garantir que Fertagus aumenta oferta

PCP quer saber se Governo vai tomar medidas para garantir que Fertagus aumenta oferta

PCP quer saber se Governo vai tomar medidas para garantir que Fertagus aumenta oferta

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“É condição para o reforço da oferta de transporte ferroviário o aumento do material circulante, que não está a ser assegurado pela Fertagus”

O PCP perguntou esta quinta-feira ao ministro das Infraestruturas se vai tomar medidas para que a Fertagus aumente a oferta na linha entre Lisboa e Setúbal, afirmando que se vive actualmente “num caos de comboios apinhados na hora de ponta”.

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Numa pergunta dirigida a Miguel Pinto Luz através da Assembleia da República, a líder parlamentar do PCP, Paula Santos, refere que o Governo prolongou, até 31 de Março de 2031, a concessão à Fertagus do transporte ferroviário entre Lisboa e Setúbal pela ponte 25 de Abril.

O PCP salienta que o prolongamento dessa concessão foi acompanhado “de um anúncio de aumento da oferta de transportes em número de circulações por hora (sem ter sido devidamente acautelado o respectivo aumento de material circulante para assegurar a qualidade do serviço prestado), que de todo se revela como irrealista”.

“O anúncio não passou de uma mera operação cosmética para justificar a decisão de prolongar a concessão ao Grupo Barraqueiro, somente com o objectivo de beneficiar a concessionária, permitindo-lhe a maximização da exploração para aumentar os seus lucros, cujas consequências estão à vista na enorme degradação do serviço prestado sentidas pelos utentes nas suas deslocações diárias casa/trabalho e casa/escola”, defende o partido.

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O PCP afirma que essa “operação de cosmética” resultou nas últimas semanas “num caos de comboios apinhados nas horas de ponta, de manhã em direcção a Lisboa, em particular nas estações de Fogueteiro, Foros de Amora, Corroios e Pragal, onde há passageiros que vêem passar dois e três comboios sem conseguir entrar”.

“Uma situação que se arrasta há semanas sem que se veja qualquer iniciativa seja por tarde da concessionária – a não ser o reforço do número de seguranças para empurrar os passageiros para dentro dos comboios e de policiamento para conter a indignação popular -, seja por parte do Governo, exigindo o cumprimento das obrigações de serviço público”, criticam.

O PCP pergunta assim ao ministro das Infraestruturas e da Habitação “que medidas vai o Governo tomar junto da Fertagus para que os utentes vejam assegurado o direito ao transporte público ferroviário”.

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“Que vai o Governo fazer para que o aumento da oferta anunciado por si e pela Fertagus aquando da renovação da concessão seja cumprido, nomeadamente ao nível da aquisição de frota pela concessionária?”, pergunta ainda.

Neste documento, o PCP refere que defende há muito “o reforço da oferta de transporte ferroviário na linha entre Setúbal e Lisboa, com mais comboios, mais circulações e o alargamento do serviço a estações como Lisboa Oriente ou Praias do Sado”.

“É condição para o reforço da oferta de transporte ferroviário o aumento do material circulante, que não está a ser assegurado pela Fertagus”, sustenta.

A Autoridade da Mobilidade e dos Transportes (AMT) anunciou esta quinta-feira que pediu informações à Fertagus sobre a insatisfação dos passageiros com os novos horários dos comboios, que passaram a circular de 20 em 20 minutos entre Setúbal e Lisboa.

O pedido de informação urgente da AMT surge na sequência de protestos dos utentes, nas redes sociais e em alertas dirigidos à Câmara de Almada, que acusam a empresa de estar a disponibilizar comboios com um número insuficiente de carruagens desde o passado mês de Dezembro, quando os comboios passaram a circular de 20 em 20 minutos entre as duas margens de Tejo.

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