Evento ocorre de 3 a 5 de Junho e no mês de Outubro. Concertos decorrem ao ar livre e no Auditório Municipal Augusto Cabrita
Após a assinatura de renovação do protocolo entre a autarquia barreirense e a OUT.RA – Associação Cultural, no último dia 19, para a concretização do Out.Fest – Festival Internacional de Música Exploratória do Barreiro, já está tudo a postos para que o primeiro momento deste evento possa avançar nos próximos dias 3, 4 e 5 de Junho e – depois de um interregno no ano passado, fruto da situação pandémica –, regressar para o tradicional segundo período desta iniciativa, no início de Outubro.
Frederico Rosa, presidente do município do Barreiro, considera que esta parceria “é o reconhecimento da capacidade organizativa da OUT.RA” que, ao longo dos anos, tem tornado aquele festival – que “tem crescido de forma sustentável” –, num “meio de promoção do concelho, que possibilita trazer mais gente e outros públicos” ao território.
Para a vereadora Sara Ferreira, responsável pelo pelouro da Cultura, 17 anos depois, o festival é hoje um evento de “grande qualidade” que “já está enraizado no Barreiro e nos barreirenses”.
Para Rui Pedro Dâmaso, fundador e presidente da direcção da OUT. RA, o protocolo “é o concretizar de uma ambição que existe há algum tempo, e que se prende com o fazer crescer ainda mais o Out.Fest”, que desde o seu início tem vindo a registar uma “trajectória ascendente”.
Ainda assim, o responsável defende que há mais a fazer e “outras metas para alcançar”, num crescimento considerado importante para este evento musical.
A edição deste ano, que acontece repartida em dois momentos distintos, vai levar ao Barreiro mais de vinte concertos de artistas nacionais e estrangeiros, sendo que as primeiras actuações vão decorrer ao ar livre, no Parque Paz e Amizade, e no Auditório Municipal Augusto Cabrita.
De acordo com a organização, o objectivo passa por “proporcionar novos acessos ao Barreiro (des)conhecido e fomentar toda a proximidade possível em tempos que são ainda de distanciamentos físicos”, refere.
Bálint Szabó dá palestra dia 5 na biblioteca
Dos oito concertos previstos, a abrir o festival, no dia 3, vai estar a trompetista portuguesa Susana Santos Silva, actualmente radicada em Estocolmo, e o compositor romeno Iancu Dumitrescu, figura “superlativa da música contemporânea” europeia e fundador do Hyperion Ensemble.
A primeira far-se-á acompanhar do quinteto luso-sueco formado por João Pedro Brandão (saxofone alto e flauta), Hugo Raro (piano e sintetizador), Torbjörn Zetterberg (baixo eléctrico) e José Marrucho (bateria).
Já a presença de Dumitresco no Out.Fest acontece no âmbito do projecto colaborativo europeu “Unearthing the Music” – do qual a organização faz parte –, com a actuação do Barreiro Ensemble, composto pelos músicos Gustavo Costa, César Burago, Helena Espvall, Hu go Antunes, Pedro Sousa, Dora AV, João Silva e Ricardo Webbens.
No dia seguinte (4), o primeiro concerto será dos portugueses Gala Drop, seguindo-se a artista sérvia Svetlana Maras – com a estreia mundial de “Radio Concert n.2”, à boleia do “Unearthing the Music” –, e o artista Pedro Carneiro.
Para o último dia (5) deste primeiro momento do Out.Fest, estão reservadas as actuações do músico Tristany, a música hipnótica do húngaro Bálint Szabó – que se apresenta enquanto Gosheven –, e a colaboração inédita de Odete e Herlander, dois novos nomes da música independente portuguesa.
Durante a tarde, Szabó fará ainda uma palestra nas instalações da biblioteca para falar sobre o processo criativo do álbum “Antipodal Polyphony”, que estreará neste festival.