O objectivo é aproximar quem habita as duas cidades e também de a relacionar através da paisagem Natural e construída
O concelho de Almada foi incluído no Open House Lisboa, que este ano vai para a sua 10.ª edição, um evento anual reconhecido por mostrar o território da capital como nenhum outro.
O objectivo do alargamento a este lado da margem do Tejo é “aproximar quem habita as duas cidades”, e também, “de as relacionar através da sua paisagem natural e construída”, explica a autarquia almadense em comunicado.
Com co-produção da Trienal de Lisboa e da EGEAC, o Open House Lisboa conta com a parceria estratégica da Câmara de Lisboa e, este ano, com um protocolo de colaboração com a Câmara de Almada.
Este acto formal entre a Trienal de Arquitectura de Lisboa e a autarquia almadense “surge de uma vontade comum de estreitar as duas margens, unindo os territórios através do seu ex-libris comum que é o rio Tejo”.
Assim, no fim-de-semana de 25 e 26 de Setembro de 2021, o novo roteiro tem como fio condutor um olhar sobre as duas cidades, enquanto paisagens modeladas a partir de um elemento natural, a Água.
A ideia é do colectivo de arquitectura paisagista Baldios, o primeiro grupo de profissionais convidado para comissariar um Open House cujo principal objecto de trabalho é a paisagem.
Sob o tema “Os Caminhos da Água”, o roteiro destaca o papel do rio Tejo e todo o seu subjacente potencial de prolongamento das duas cidades, convidando à descoberta de diferentes tipologias de edifícios que acompanham as linhas de água que definem a topografia destes dois territórios.
“É com grande entusiasmo que recebemos, em Almada, a 10.ª edição do Open House, que dará a conhecer o extenso património arquitectónico e a beleza deste território cuja paisagem é marcada pela presença do Mar, do Tejo e da relação com Lisboa”, comenta a presidente da Câmara de Almada, Inês de Medeiros.
“Abraçamos esta parceria com a Trienal de Arquitectura de Lisboa na certeza de que o Open House 2021 constituirá um desafio e uma oportunidade de compreender e projectar a margem sul do rio Tejo, que une três grandes concelhos e é essencial ao desenvolvimento da área metropolitana de Lisboa”, acrescenta a autarca.
Segundo Fernando Medina, presidente da Câmara Municipal de Lisboa, “numa altura em que o espaço público e o espaço comum da cidade assumem um protagonismo ímpar, impõe-se continuar a aproximar os cidadãos à arquitectura e ao património”. E acrescenta: acredito que a Trienal continuará, como sempre, a mostrar-nos o melhor desta manifestação artística, tão cosmopolita, universal e criativa”.
Por sua vez José Mateus, presidente da Trienal de Arquitectura de Lisboa, esta nova proposta de roteiro chega de forma natural, afirmando que “viver em Lisboa envolve um olhar permanente sobre o Tejo e Almada, que assim fazem parte da cidade, completando-se como um corpo com vários membros”.