O passado da freguesia de São Sebastião encontra-se agora perpetuado numa nova obra literária, da autoria do historiador Diogo Ferreira. Apresentado oficialmente na passada segunda-feira, inserido nas comemorações dos 47 anos da Revolução dos Cravos, o livro “Breve História da Freguesia de São Sebastião” simboliza, para o autor, “os valores de Abril.
“Em particular, [representa] a democratização do conhecimento, o acesso imparcial de pensamento crítico e interpretativo de um passado despido de preconceitos ideológicos e a revolução da memória da comunidade, a quem legitimamente pertence”, começou por afirmar Diogo Ferreira no recém-inaugurado Auditório Bocage.
A obra dá, de igual forma, “rosto às massas anónimas”, sendo que a “história é de e para todos”. Esta é a terceira publicação do historiador relacionada com a região. “A história de Setúbal foi, é e será o meu caminho. Quero continuar a contribuir para que o véu onde se esconde o passado da nossa terra seja cada vez mais transparente”, concluiu.
Antes, já o professor João Reis Ribeiro havia procedido à apresentação do livro produzido pela Junta de Freguesia de São Sebastião, perante o olhar atento de cerca de cem pessoas. “Com este trabalho, Diogo Ferreira reúne muitos pontos de que se pode partir para mais aprofundados estudos a propósito desta freguesia, que começou em 1553 e é uma das mais antigas de Setúbal. Uma monografia a ser tida em conta e a ser um marco importante para a história e para a identidade do local”, sublinhou durante a sua intervenção.
Por sua vez, para a autarquia, “esta publicação nasce de uma vontade do executivo de contribuir para o conhecimento colectivo da história local, oferecendo à população uma obra única, onde estão reunidas informações fidedignas sobre a génese deste território e das suas gentes”.