Inactividade e maus hábitos alimentares são as causas maiores do flagelo
“A Prática Desportiva no Combate à Obesidade Infantil” é o tema do fórum que se vai reunir na próxima sexta-feira, a partir das 21 horas, na Sociedade Filarmónica Democrática Timbre Seixalense, no quadro do programa da 36.ª Seixalíada, que está a decorrer até 19 de Outubro.
Segundo os promotores do conclave, este tem como finalidade “sensibilizar as colectividades, as escolas e a população em geral para o problema da obesidade infantil e para a importância que a prática desportiva tem no seu combate”, já que só com a “alteração de hábitos comportamentais, principalmente, ao nível da prática de actividade física e de uma alimentação saudável se consegue inverter a tendência crescente desta epidemia junto das nossas crianças e jovens”.
São oradores a nutricionista Joana Baleia, do Centro de Estudos e Investigação em Dinâmicas Sociais e Saúde, a enfermeira Maria Pires, da Unidade de Cuidados na Comunidade do ACES Almada-Seixal, e o doutorado em Educação Física e Desporto Mário Guimarães. Joaquim Judas, médico especialista em Medicina do Trabalho, vai moderar.
Obesidade infantil não é alarmante
Segundo estudos recentes, a obesidade entre as crianças e adolescentes em Portugal não apresenta índices alarmantes, mas, segundo os especialistas, é preciso encarar com atenção as ameaças e não embandeirar em arco.
Na verdade, segundo dados preliminares da 5.ª fase do COSI Portugal (Sistema de Vigilância Nutricional Infantil do Ministério da Saúde), verificou-se uma “diminuição do excesso de peso nas crianças de 37,9%, em 2008, para 29,6%, em 2019”.
Apesar de tudo, “40% dos adolescentes bebe refrigerantes diariamente, mais de metade tem um consumo de hortofrutícolas abaixo do recomendável e mais de 20% por cento consume açúcar acima dos níveis recomendados”.
Tudo isto, claro está, dá que pensar aos pais e à sociedade, que desejam ver crescer a nova geração agarrada a hábitos de vida saudáveis. Daí, a acuidade do fórum sobre o tema levado a efeito pela Câmara do Seixal.
José Augusto