A Fundação Amélia de Mello (FAM) promove nesta quinta e sexta-feira, no Barreiro, em conjunto com a Universidade Autónoma de Lisboa (UAL), o colóquio internacional “Patrimónios Fabris e Requalificação Urbana”, nas instalações do Museu Industrial situado no parque empresarial da Baía do Tejo.
A conferência, com início marcado para as 10h00, vai contar com as presenças, entre outros, de Manuel Alfredo de Mello, vice-presidente da FAM, António de Lencastre Bernardo, presidente da Cooperativa de Ensino Universitário, de Jacinto Pereira, presidente da Baía do Tejo e do presidente da Câmara Municipal, Frederico Rosa.
A iniciativa, integrada nas comemorações dos 150 anos do nascimento de Alfredo da Silva, tem por objectivo “indagar as relações entre políticas patrimoniais e de planificação urbana tal como foram pensadas ou implementadas no Barreiro, durante a fase de pleno funcionamento da Companhia União Fabril (CUF) e até ao período mais recente de desindustrialização e reconversão económica”.
De acordo com a FAM, trata-se de discutir, ao longo de dois dias, a “importância do uso social de um património edificado, artístico ou urbanístico, mas também de um património memorial, reivindicado e mobilizado por uma grande diversidade de actores locais”.
A reflexão articula-se em torno dos eixos da evolução histórica de uma cidade-fábrica; o património edificado da CUF e a sua valorização; os usos sociais do património e as culturas fabris; e dos projectos de requalificação urbana passados e futuros.
Recorde-se que a CUF foi pioneira nas “políticas que juntam interesses económicos estratégicos, políticas de gestão da mão-de-obra e acções inovadoras em matéria de comunicação empresarial”.
O encontro pretende ainda “interrogar como é que as necessidades de preservação ou de transmissão de um património têm sido articuladas com os projectos de reconversão económica e de reordenamento territorial”, num contexto internacional de sistematização das políticas de valorização e requalificação de antigos espaços industriais.
