Quatro dos murais criados ao longo dos últimos meses estão agora capazes de aguentar a meteorologia
Pela necessidade de proteger os murais inscritos nas paredes da cidade contra as altas temperaturas do Verão e as fortes chuvas do Inverno nasce a iniciativa “Proteger a Liberdade”, que desde o início da semana, e até ao dia de hoje, está a fazer um périplo pelos vários locais onde as tintas expressam as lutas dos setubalenses.
“Liberdade, Querida Liberdade”, inscrito no Bairro 2 de Abril, foi o primeiro dos locais a ser ‘protegido’ através da aplicação de um impermeabilizante que, de futuro, vai evitar que as longas horas de trabalhos das centenas de voluntários sejam destruídas.
Este primeiro momento da iniciativa, que decorreu na segunda-feira, contou com dezenas de participantes, com idades entre os 5 e 55 anos.
“Escolhemos o Dia de Portugal para lembrar a importância de manter a liberdade de boa saúde, já que essa preocupação não se pode limitar ao 25 de Abril e ao 1.º de Maio, efemérides em que o tema está em alta, parecendo perder depois relevância na vida pública”, explica Helena de Sousa Freitas, coordenadora do projecto “Histórias que as paredes contam” que, além de ser responsável pela pintura dos murais, é também por esta nova acção.
Com o objectivo de tentar aumentar a “longevidade” das novas criações foi por essa razão que, no mesmo dia, também o mural “Fazes que fazes ou pões sementes a crescer”, pintado no Bairro do Liceu a 13 de foi alvo de impermeabilização. Ao longo dos seguintes dias foi também tempo de passar no Baluarte do Livramento, local onde ao longo de 100 metros quadrados estão os murais “Tróia, tão perto, tão longe” e “Os Sete Rs da Sustentabilidade”.
“Trata-se de uma iniciativa simbólica, mas com efeitos práticos, como o serão as demais da campanha, que visa a aplicação de uma protecção em todos os murais do projecto que não tinham ainda benefi ciado dela”, transcreve-se em nota de Imprensa enviada à redacção de O SETUBALENSE sabendo que, algumas das inscrições levadas a cabo pelo “Histórias que as paredes contam” já tinham sido preparadas para estarem “expostos ao clima tantas vezes adverso destes nossos dias”.
