Autarcas de Setúbal e Sesimbra reuniram-se com o governante para debater, também, moldes da descentralização de competências
A necessidade de construir um estabelecimento escolar de ensino secundário para servir a população de Azeitão foi esta quarta-feira explicada ao ministro da Educação, Fernando Alexandre, que recebeu os presidentes das câmaras municipais de Setúbal e Sesimbra, André Martins e Francisco Jesus, respectivamente.
Esta intenção de edificar uma nova escola, apesar de ficar localizada numa freguesia do concelho de Setúbal, é também vantajosa para o território sesimbrense, porque vai também abranger a população jovem da Quinta do Conde.
Ainda nesta localidade o autarca setubalense salientou a “necessidade de construção de uma escola nova de 2.º e 3.º ciclos para substituir a Escola Básica de Azeitão”, como se lê em nota de Imprensa daquela autarquia. “Em particular, salientámos preocupação relativamente à requalificação e construção de novas escolas que foram transferidas do Ministério da Educação para a Câmara Municipal”, refere o edil.
No encontro houve ainda a “oportunidade de comunicar um conjunto de situações” que preocupa o município “relativamente ao funcionamento dos estabelecimentos de ensino”. No final o presidente mostrou-se agradado com a “abertura e disponibilidade” por parte do governante com a pasta da Educação na continuidade do trabalho “no sentido de vir a viabilizar a construção dessa escola que sirva definitivamente as aspirações das populações de Azeitão”.
“O senhor ministro manifestou a disponibilidade para fazer esse estudo e até a disponibilidade para, dentro de um ou dois meses, visitar a Quinta do Conde e Azeitão para se inteirar melhor desta realidade”, sublinhou ainda.
Além dos dois responsáveis pela administração de cada um dos municípios marcaram também presença a vice-presidente de Setúbal e vereadora com o pelouro da Educação, Carla Guerreiro, e da parte de Sesimbra a vereadora do pelouro da Educação, Felícia Costa.
A descentralização de competências nesta área também esteve em cima da mesa, com Francisco Jesus a referir a “necessidade de se fazer um reajustamento dos valores no curto prazo” essencialmente nas refeições escolares e despesas com pessoal.
A reunião tinha sido solicitada no final de Setembro em carta enviada ao Ministério da Educação sendo que o objectivo passava por “discutir a falta de respostas ao nível de equipamentos escolares” naquelas duas freguesias. Na missiva foi alertado “que muitos alunos são obrigados a procurar vaga em concelhos mais distantes, devido à sobrelotação das escolas nas zonas onde residem”, como explica a nota de Imprensa da Câmara Municipal de Sesimbra.
