Os núcleos de Seixal e Almada do Movimento Democrático das Mulheres (MDM) deu a conhecer ao presidente do concelho de administração do Hospital Garcia de Orta, em Almada, Luís Amaro, a sua preocupação face às notícias que têm chegado ao domínio público sobre o funcionamento do estabelecimento hospitalar e as medidas que estarão em vias de concretização.
Em carta enviada àquele responsável, na sexta-feira, o MDM aponta apreensões, como o “encerramento nocturno do Serviço de Urgência de Pediátrica, as ameaças sobre a Urgência Obstétrica e Ginecológica”, além das notícias de problemas sobre o estado da Urgência Geral.
“Se o encerramento nocturno do Serviço de Urgência pediátrica compromete a disponibilidade de cuidados médicos às crianças dos concelhos de Almada e Seixal durante a noite, pondo em causa o seu direito à saúde, e o encerramento nocturno da Urgência de Obstetrícia e Ginecológica pode comprometer a assistência às mulheres que dele precisem, acrescentando ansiedade à que resulta do contexto pandémico que vivemos, vem agora juntar-se a ameaça de ruptura do Serviço de Urgência Geral”, sublinha o MDM.
Protestam, ainda, contra a “activação do Plano de Contingência na Urgência Obstétrica e Ginecológica do Hospital Garcia de Orta”, o qual limita o atendimento às grávidas em trabalho de parto sem possibilidade de transferência e a mulheres em situações ginecológicas emergentes”. Donde concluem que, no actual contexto de pandemia, “o fecho destes serviços de urgência irão sobrecarregar ainda mais os serviços de outros hospitais, já a braços com diversos obstáculos no seu normal funcionamento, desde a falta de camas, à de recursos humanos”.
Ainda que reconheçam que, no nosso país, “tem-se verificado uma acentuada melhoria na saúde materna e obstétrica, e na saúde infantil”, não querem que “os progressos alcançados sofram um revés”. Daí, questionarem o presidente da administração do Hospital de Almada.
Por José Augusto