27 Junho 2024, Quinta-feira

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Maria Teresa Meireles conquista Prémio de Conto Manuel da Fonseca

Maria Teresa Meireles conquista Prémio de Conto Manuel da Fonseca

Maria Teresa Meireles conquista Prémio de Conto Manuel da Fonseca

Obra “101 Contos-de-Bolso” recebeu a unanimidade do júri, sendo que nesta edição estiveram a concurso 54 obras

 

A obra “101 Contos-de-Bolso”, de Maria Teresa Meireles, foi a vencedora da 14.ª edição do Prémio de Conto Manuel da Fonseca, que recebeu a unanimidade do júri, sendo que nesta edição estiveram a concurso 54 obras de autores de língua portuguesa.

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A cerimónia de entrega do prémio à vencedora, que assinou sob o pseudónimo “Navarro”, está marcada para este sábado, dia 15, na Biblioteca Municipal Manuel da Fonseca, em Santiago do Cacém.

A O SETUBALENSE, Maria Teresa Meireles, a residir actualmente em Vila Nogueira de Azeitão, Setúbal, confessou-se satisfeita com esta distinção. “Senti que o que escrevo foi reconhecido.

Os prémios/concursos servem muitas vezes para nos validarem e nos permitirem a visibilidade num contexto de edição que é extremamente difícil e adverso para quem começa”, referiu, explicando em seguida como foi construída a obra.

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“Este livro (101 Contos-de-Bolso) tem a particularidade de ser constituído por microcontos – nenhum deles excede uma página e, para mim, este foi um exercício curioso de depuração que passou por um outro exercício de envolvimento e sedução do próprio leitor, através dos processos de escrita utilizados”.

Esta não foi a primeira distinção da professora e investigadora, que já havia sido distinguida com outros prémios e menções honrosas.

“Há uns meses, recebi o 1.º Prémio Literário Alves Redol na modalidade «Conto». Receber outro 1.º prémio num espaço de tempo tão curto e, sobretudo, um prémio com o estatuto do Prémio Manuel da Fonseca, é sempre um motivo de satisfação para quem, como eu, há anos que escreve. Sinto-me honrada e satisfeita com estes dois prémios e espero que ambos os livros possam vir a ser editados”.

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Quanto ao futuro, Maria Teresa espera que as editoras “arrisquem” mais nas suas obras. “Tenho outros livros, sim – assim haja quem os queira editar porque as editoras cada vez arriscam menos, cada vez têm menos a antiga cultura dos grandes editores, que era acreditarem num escritor e lançarem-no, envolverem-se com os autores de quem gostavam e entenderem essa relação como uma aposta a dois.

Actualmente, os números definem as letras – edita-se apenas o que se pensa que pode vender. Falta quase sempre a visão e a vontade de construir e criar, em conjunto, novos públicos leitores”, conclui.

Os jurados decidiram atribuir o prémio à obra “101 Contos-de-Bolso”, justificando que “no quadro do interesse crescente pelo microconto, em Portugal, a obra vencedora significa um renascimento desta espécie de narrativa, pela concisa explosão de sentidos, entre terna e boa disposição, sinalizando momentos do quotidiano”.

“Temos aqui uma prosa firme, a espaços lírica, sem excessos de linguagem, qual profilaxia em tempos de consumismo também literário”.

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