Jovem arquitecto de Setúbal ganha prémio com mestrado sobre Maputo

Jovem arquitecto de Setúbal ganha prémio com mestrado sobre Maputo

Jovem arquitecto de Setúbal ganha prémio com mestrado sobre Maputo

João Oliveira, 24 anos, da Lanchoa (Terroa), venceu Archiprix Portugal. Diz que Setúbal tem grande potencial para a arquitectura porque o conflito entre a geografia única e a componente industrial é desafiante

 

O jovem arquitecto setubalense João Oliveira, 24 anos, da Lanchoa, junto à Terroa, ganhou, no Sábado, o Prémio Archiprix Portugal que distingue anualmente os melhores trabalhos de fim de curso de mestrado apresentados nas áreas de Arquitectura, Urbanismo e Arquitectura Paisagista.

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No trabalho que apresentou, ‘Interstícios do dualismo urbano em Maputo’, João Oliveira estuda a dualidade urbana no contexto tropical, tendo por base a intervenção nos bairros da Mafalala e da Mikandjuíne da capital de Moçambique.

Tento actuar sobre uma área improvisada, a mais antiga da cidade e que hoje se revela anacrónica, em confronto directo com outro traçado urbano muito racional e ortogonal da Antiga Lourenço Marques”, explica o premiado ao DIÁRIO DA REGIÃO.

O jovem arquitecto acabou a faculdade no ano passado, foi depois voluntário nas Oficinas do Convento, em Montemor-o-Novo e entretanto começou a trabalhar estúdio de Diogo Aguiar, no Porto, um dos mais promissores do país, com vários prémios ganhos e convidado este ano a expor na Bienal de Veneza o pavilhão que fez para a Fundação de Serralves.

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Quanto à arquitectura de Setúbal, quanto questionado sobre que ideia principal lhe ocorre, responde que “é uma questão muito complexa”, porque a cidade é feita da conjugação da população migratória, do Alentejo, com a forte ligação ao mar.

A nossa mais valia [arquitéctonica] não é tanto a cidade, mas sobretudo a paisagem. Todo o território é muito interessante e tem muito potencial, porque temos uma geografia única e uma componente industrial muito grande o que resulta num conflito muito interessante para trabalhar.”, considera João Oliveira.

O Archiprix é um prémio de temática livre, puramente institucional e académico que dá visibilidade à diversidade e qualidade académica da mais jovem geração de arquitetos. O Archiprix destaca um colectivo de projectos que espelha os desafios e aspirações de cada concorrente, orientador e instituição de ensino do território nacional.

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Este trabalho de João Oliveira agora premiado foi selecionado também para o Prémio YTAA (Young Talent Architecture Awards), que tem o mesmo âmbito que o da ARCHIPRIX mas a nível europeu, e vai ser por isso exposto no Palazzo Mora por ocasião da La Biennale de Venezia, já a partir desta quinta-feira, 24 de Maio.

NOTA: Noticia rectificada às 11h06 de 21/05/2018

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