Hic Sunt Dracones deixou público em euforia

Hic Sunt Dracones deixou público em euforia

Hic Sunt Dracones deixou público em euforia

Peça de Di­va­dlo Con­ti­nuo recebeu ovação em pé durante mais de dez minutos no final do Festival

 

No Teatro Físico, no Teatro Plástico, no Teatro de Objectos, os países da Europa de Leste são sensacionais, como é o exemplo da Polónia e República Checa. Desta vez, o ilusionismo teatral chegou da República Checa, com um espectáculo original.

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De corpos, membros, braços, pernas, seios em molde de gesso, trabalho digital na projecção dos rostos, máscaras e fantoches foi feito o espectáculo. Com sons, ruídos, música minimal e digital repetitiva até a exaustão, acompanhando um improviso de actores em palco, incluindo o próprio músico em cena.

Começa tudo com um corpo quase nu e uma máscara. Seis bailarinas na intimidade de uma máscara cor de pele com ternura, carinho e tranquilidade. Existia também uma grande escultura em cartões trabalhados, que é o cenário de onde saem os corpos sem cabeça.

Os actores estavam escondidos por baixo de caixinhas como mesas de ilusionismo. O teatro é corpo explosivo como aqui há dragões com meios digitais, talvez um dos mais lindos espectáculos do Festival. O público esteve durante uma hora em silêncio, num teatro sem palavras. No final do espectáculo o público levantou-se todo e festejou o sucesso da beleza.

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Os cartógrafos antigos acreditavam que monstros fantásticos, dragões e leviatãs viviam em territórios desconhecidos e em cantos remotos do mundo. Em Hic Sunt Dracones, partes do corpo humano, objectos e materiais unem-se para formar paisagens, seres e histórias inimagináveis. No entanto, não é uma jornada para regiões distantes ou utopias fantásticas, mas sim uma jornada para nossas próprias mentes e cantos ocultos das nossas almas.

A nova produção, dirigida pelo director artístico do ensemble Pavel Štourač, é uma combinação de teatro físico e animação de materiais e objectos, com os princípios do teatro artístico. O seu tema é a realidade visível – tangível e oculta do corpo feminino e sua alma – a anima. A produção conta com artistas da República Tcheca, Itália, Canadá e Eslováquia.

A per­for­mance combina teatro físico, animação com ma­te­ri­ais e objectos com os prin­cí­pios do teatro de artes visuais. É uma excursão a uma área des­co­nhe­cida onde nada nos lembra o nosso dia-a-dia desperto. É a des­co­berta de áreas inex­plo­ra­das que os antigos car­tó­gra­fos des­cre­viam como ‘hic sunt dra­co­nes’, onde dragões e monstros fan­tás­ti­cos ha­bi­ta­vam.

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Para onde vão todos os nossos pen­sa­men­tos quando fechamos os olhos à noite? O que acontece quando saímos do quarto de manhã e deixamos todos esses sonhos, medos e desejos ocultos fechados lá dentro?

Dizem que não temos apenas um único eu, mas vários. Estes vários eus limitam-se uns aos outros no dia-a-dia para que con­si­ga­mos lidar com as si­tu­a­ções quo­ti­di­a­nas. O que acontece se um desses eus se libertar e tornar autónomo?

Ficha técnica e artística

Encenação: Pavel Štourač; Elenco: Sara Bocchini, Kateřina Šobáňová, Ludmila Ješutová e Diana Khwaja; Conceito visual e cenografia: Helena Štouračová a Pavel Štourač; Música/sonoplastia: Jakub Štourač; Desenho de luz: Tomáš Morávek; Produção: Zuzana Bednarčiková; Agente: Nikola Križková; Duração aproximada: 60 min; Classificação etária: M/12

Observação de Teatro:

José Gil – Professor Adjunto de Teatro da Escola Superior de Educação do Instituto Politécnico de Setúbal Actor e Encenador

Maria Simas – Actriz do Teatro do Politécnico IPS e Mestranda

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