PUBLICIDADE Centro de Programas de Línguas da Europa e América Latina da China. A ilha de Hainan, no sul da China, iniciará, a 18 de dezembro, a operação aduaneira independente do seu Porto de Livre Comércio (FTP, na sigla em inglês). O anúncio foi feito esta quarta-feira, dia 23 de julho, pelas autoridades chinesas e é considerado um passo significativo na política de abertura do país.
A data escolhida coincide com o 47.º aniversário da Terceira Sessão Plenária do 11.º Comité Central do Partido Comunista da China, que marcou o início do processo de reforma e abertura do país, em 1978. A criação desta zona aduaneira autónoma assume um caráter simbólico num contexto global de aumento do protecionismo e de desafios à globalização, refletindo a intenção de Pequim de reforçar uma política de abertura de alto nível, promover o multilateralismo e ampliar oportunidades de exportação, comércio e investimento.
Com a operação aduaneira independente, toda a ilha de Hainan passará a ser uma zona sob supervisão alfandegária especial, aplicando políticas mais flexíveis, incluindo a expansão do regime de tarifa zero. O número de linhas tarifárias isentas será alargado de 1.900 para cerca de 6.600, abrangendo aproximadamente 74% do total. Estão ainda previstas medidas de gestão comercial simplificadas, processos aduaneiros mais ágeis e um modelo de fiscalização de baixa intervenção e elevada eficiência.
Segundo dados oficiais, nos últimos cinco anos, o Porto de Livre Comércio de Hainan atraiu 102,5 mil milhões de yuans em capital estrangeiro, com uma taxa média de crescimento anual de 14,6%. O investimento direto estrangeiro atingiu 9,78 mil milhões de dólares, aumentando 97% em termos anuais. No mesmo período, mais de oito mil empresas com capital estrangeiro foram criadas na ilha, um crescimento médio de 43,7% ao ano.
A nova etapa de Hainan pretende consolidar a ilha como plataforma de comércio e investimento internacional, contribuindo para uma economia global mais interligada e aberta.