As alterações introduzidas na Feira contribuíram para que o evento registasse enorme adesão de público, mas o presidente da organização considera que “a data tardia não ajudou a que o sucesso fosse maior”

O presidente da Associação da Feira Comercial e Agrícola do Poceirão, João Neto, faz “um balanço muito positivo” do evento, que “registou muito público na sexta-feira e no sábado”, mas reconhece “o desfile etnográfico de domingo contou com menos gente”. Para o dirigente “a data tardia acabou por prejudicar-nos, pois coincidiu com as Festas da Landeira com Quim Barreiros a atrair muita gente”. Mas de uma maneira geral, sublinhou, “a Feira foi um sucesso, com muita gente a assistir aos espetáculos e às atividades taurinas, que mobilizaram centenas de crianças”.

O tempo quente contribuiu para o sucesso, mas a presidente da União das Freguesias, Cecília de Sousa, destacou a importante colaboração dos trabalhadores que “debaixo de um calor terrível vestiram a camisola desta freguesia e trabalharam para montar as estruturas da Feira, que ficou muito bonita e com muita diversidade”.

Para o presidente Álvaro Amaro “houve uma enorme adesão das forças vivas da freguesia e não só, mas de todos os poceirenses e da equipa de trabalho da Associação”. O presidente palmelense lembrou que o Poceirão “é o coração agrícola da Península de Setúbal e tem orgulho nas suas raízes, que marcam este evento pela diferença”. E recordou com um agradecimento “a quem criou esta Feira há 30 anos atrás”, não deixando de “elogiar a remodelação do espaço e a aposta empreendedora e inovadora de produtos endógenos e novas dinâmicas da gastronomia, doçaria artesanato e artes”.

Depois de lembrar que só no fim-de-semana “tivemos 14 eventos, o que diz bem de um concelho que dinamiza e promove”, onde a Feira do Poceirão “é uma enorme montra do potencial desta freguesia”.

Destaque para as novas apostas

A Feira contou com a adesão do movimento associativo, que assegurou a zona das tasquinhas, e os espaços de angariação de receitas para atividades sociais, enquanto na tenda as novidades deste ano, se apresentaram com ofertas inovadoras num território que recebe investimentos na área do enoturismo, da doçaria, produtos tradicionais, desde enchidos e queijos e alojamentos turísticos.

No Pavilhão das Adegas serviram-se refeições, divulgou-se o artesanato e realizaram-se espetáculos de cante alentejano e cavaquinhos.

A animação foi uma das fortes componentes da Feira com bailaricos, folclore, demonstrações de jogo do pau, baptismos equestres, vacadas e saltos de obstáculos.