Nas comemorações dos 50 anos da diocese a Galeria Municipal do 11 recebe uma grande mostra que passa por vários momentos da história
Falta menos de uma semana para a Diocese de Setúbal completar 50 anos desde que foi criada. É a 16 de Julho que se comemoram as Bodas de Ouro e o momento vai ser marcado com uma grande exposição que é inaugurada nesse mesmo dia.
“Faça-se Luz” dá nome à mostra que vai estar disponível para visitas na Galeria Municipal do 11, desde 16 de Julho até 30 de Agosto, e que junta a Diocese de Setúbal, os Amigos da Paróquia de S. Sebastião e a Câmara Municipal de Setúbal num “hino à luz que nasce e renasce”.
Trabalhos de pintores, escultores e fotógrafos juntam-se num só espaço para mostrar a passagem do tempo, com a Igreja como pano de fundo. “A arte, na vida da Igreja, é oração que se vê, fé que se toca, beleza que conduz ao Mistério. Desde as grutas dos primeiros cristãos até aos altares das catedrais, os artistas têm sido profetas de luz, abrindo caminhos onde o espírito respira e a alma repousa”, lê-se no folheto informativo da exposição.
Entre os artistas expostos vão estar Alberto Pereira, António Galrinho, Dália Vale Rêgo, Eduardo Carqueijeiro, Helena C Fernandes, José Manuel Martins, Louro Artur, Luís Cohen Fusé, Luís Pintão, Maria Ribeiro Telles, Nuno David, Pedro Castanheira e Rogério Chora – todos estes pintores. Nos escultores destaque para Florival Nogueira, Hugo Maciel, Jorge Pé-Curto, Luísa Perienes, Maria José Brito, Mizé, Paulo Neves, Pedro Marques, Ricardo Gigante e Rogério Timóteo.
Por fim, os fotógrafos com trabalhos expostos são Carlos de Medeiros, Carlos Sargedas, João Completo, José Alex Gandum, José Canelas, Nazar Kruk, Pedro Soares e Sérgio Braz d’Almeida. Está ainda a ser produzida uma curta-metragem com realização de Alberto Pereira e guião de Casimiro Henriques, Isabel Melo e Salvador Peres.
“Aqui, reunimos vozes distintas — pintores, fotógrafos, escultores, cineastas — todos chamados a escutar o murmúrio da Luz. E respondem com o que têm: silêncio, cor, sombra, palavra. Cada obra é uma vela acesa no grande templo da criação”, explica-se ainda, por forma a convidar visitantes.
Um dos grandes focos da mostra é também a passagem dos quatro cardeais que esta diocese já teve. Assim, são destacados D. Manuel da Silva Martins, bispo de 1978 a 1998, D. Gilberto Reis, de 1998 até 2014, D. José Ornelas de Carvalho, de 2015 a 2022 e, por fim e mais recentemente, D. Américo Aguiar, cardeal e bispo de Setúbal desde 2023.
“Com a nomeação e ordenação do primeiro bispo, D. Manuel Martins, Deus acendeu uma luz sobre este território. A sua presença firme e profética marcou o início de um caminho de proximidade, defesa da dignidade humana e testemunho cristão. A sua memória continua viva, inspirando-nos a viver a fé com autenticidade e coragem”, escreve o prelado numa mensagem também inscrita neste folheto, partilhado com a redacção d’O SETUBALENSE.