Empresária de sucesso. Adepta do Futebol Clube Barreirense desde a adolescência. Maria João de Figueiredo levanta a bandeira da gestão desportiva nas eleições do clube marcadas para 30 de Julho
A empresária barreirense, Maria João de Figueiredo é a primeira mulher candidata à presidência do Futebol Clube Barreirense em 108 anos de história.
Licenciada em Gestão de Empresas e Pós-graduada em Empreendedorismo e Gestão de Inovação, a candidata assume “uma grande paixão pelo clube”, no qual desempenhou o cargo de presidente do Conselho Fiscal do Clube durante o último mandato e, por duas vezes, ocupou lugar na mesa de assembleia.
Focada em “criar maior sustentabilidade financeira”, “incrementar o papel social do clube na comunidade”, assim como em desenvolver o trabalho das equipas femininas, de modo a contribuir para o crescimento dos jovens, Maria João de Figueiredo está confiante no resultado das eleições marcadas para 30 de Julho.
Em entrevista a O SETUBALENSE DIÁRIO DA REGIÃO, a candidata confessa que encarara a candidatura “com naturalidade”, tendo em conta que, a sua ligação ao clube é “longa e duradoura” e desvenda os planos traçados para o futuro que idealizou.
O SETUBALENSE – DIÁRIO DA REGIÃO – Como surgiu na sua vida a paixão pelo desporto?
Maria João de Figueiredo – O desporto faz parte integrante da minha vida desde a minha infância, começando pelo facto do meu avô e pai terem sido jogadores de futebol no Estoril. Naturalmente fui ganhando gosto pela practica desportiva, sendo o basquete a minha grande paixão. Com 15 anos não falhava um jogo no Barreirense e adorava a forma como era vivido e sentido o ambiente no pavilhão.
Esta paixão acabou por passar para os meus dois filhos, que também são jogadores de basquete no Futebol Clube Barreirense. O João Dias ganhou vários campeonatos nacionais e o Miguel Dias foi internacional, esteve no centro de alto rendimento e jogou na Liga em vários clubes.
De que modo a sua gestão pode marcar a diferença no Futebol Clube Barreirense?
MJF- Acredito que o sucesso das organizações passa pelas pessoas. É uma questão de manter a motivação, liderar pelo exemplo, potenciar as ferramentas certas e focar nos resultados.
Com base na minha experiência enquanto empresária, gestora e empreendedora, juntamente com uma equipa preparada e motivada, como a lista que me acompanha nesta candidatura, o clube tem condições para se reerguer a vários níveis.
Vamos apostar na formação e potenciar as diversas modalidades existentes. Aproximar e envolver o Barreiro com o Futebol Clube Barreirense, incrementar o papel social do clube na comunidade, fomentar o crescimento das equipas femininas e contribuir para o crescimento dos jovens.
A gestão associativa e desportiva também é um mundo de mulheres?
MJF – Com toda a certeza! É crescente e evidente o aumento do número mulheres envolvidas no desporto, como praticantes, promotoras e fomentadoras desta actividade, ao longo dos últimos anos.
Têm vindo a quebrar-se barreiras de género, apesar de ainda estamos longe de um cenário de igualdade. Mas já representamos cerca de 30% dos atletas federados, sendo também visível uma participação feminina mais activa nas áreas de gestão associativa, na condição de árbitras treinadoras e dirigentes. Em Portugal ainda é uma situação pouco comum, mas estamos no bom caminho, e espero que a minha candidatura possa servir de exemplo a muitas outras mulheres.