A EGF, através da sua concessionária Amarsul, está a desenvolver campanhas ambientais dirigidas à população, principalmente às crianças. O objectivo é envolver os mais novos nas preocupações climáticas e tornar os concelhos mais limpos
As escolas da área de influência das onze concessionárias da EGF – Environment Global Facilities, entre elas a Amarsul, vão ganhar dinheiro por cada saco de resíduos, bem separado, que entregarem à empresa de Valorização e Tratamento de Resíduos Sólidos, que gere o Sistema Multimunicipal de Tratamento e de Recolha Seletiva de resíduos de nove municípios urbanos da Margem Sul do Tejo.
A Amarsul fica assim responsável pela recolha destes sacos, assim como verificar se estão bem cheios e os resíduos separados, tarefa que não será difícil uma vez que estes sacos são transparentes. Por cada unidade recolhida, a escola de onde esta proveio recebe “50 cêntimos”, sendo o montante total relativo ao número de sacos “entregue no final do ano lectivo”. Ainda segundo Ana Loureiro, da EGF, entre as escolas de cada município que aderirem a este programa de sensibilização, as que mais reciclarem, “serão recompensadas com um valor maior”.
Este desafio às escolas é uma motivação do programa Ecovalor 2019-2020 da EGF, a decorrer durante o ano lectivo, e inclui uma digressão com planetários itinerantes de educação ambiental “A nossa Casa é um Planeta”, onde os alunos podem assistir a filmes 360.º dedicados às temáticas da prevenção, reutilização e reciclagem.
Em termos de balanço do ano passado, este programa realizou “oito mil acções de sensibilização e envolveu 203 732 participantes em todo o país, contribuindo para a recolha de 1 160 toneladas de resíduos, dos quais 619 toneladas foram de plástico e metal, 111 toneladas de vidro e 430 toneladas de papel e cartão. São números da EGF que refere ter sido a recolha global de 3.3 milhões de toneladas.
33 praias de Almada, Sesimbra e Setúbal envolvidas recolha de lixo
A apresentação da nova campanha Ecovalor foi feita na Costa da Caparica, Almada, após o balanço de uma outra campanha, a Eco praias promovida pela Amarsul, e que decorreu durante o verão em 27 praias do concelho de Almada, 2 de Sesimbra e três de Setúbal. Ao todo foram envolvidas 33 praias, e recolhidas 165 toneladas de resíduos para reciclagem.
A campanha “Vamos Reciclar à Beira-Mar” 2019, teve a participação de mais de 400 entidades, envolveu 22 700 crianças, num total de 91 400 pessoas. No total foram recolhidas “470 mil toneladas de resíduos”, citou Susana Silva da Amarsul. Uma curiosidade desta campanha foi a rápida recalendarização de acções devido aos primeiros dias de Agosto, terem sido pouco convidativos para a praia, no caso de Almada a opção foi avançar para os parques e jardins desta cidade e os da Costa de Caparica.
Este é um dos projectos que a Amarsul está a colocar no terreno para a recolha selectiva, um modelo que implica para esta concessionária da EGF um investimento “na ordem dos 10 milhões de euros”, dá a saber Sandra Silva, presidente da Amarsul, dos quais “sete milhões de fundos comunitários”, acrescenta.
A responsável referiu ainda que os dados relativos a 2019, até ao momento, demonstram que “estamos a crescer na recolha selectiva 18% face ao ano passado”, uma linha ascendente para a qual tem sido “fundamental a colaboração de todos os municípios da Amarsul”, afirma apontando o caso de Almada que “está a reforçar a recolha de resíduos”.
Expondo números do concelho, a presidente da Câmara de Almada, referiu que o município recebeu 26 mil sacos da Amarsul para recolha selectiva, a autarquia colocou 50 contentores nas praias” e, quanto a resíduos indiferenciados foram recolhidos 5 700 toneladas, entre Junho e Agosto na Costa da Caparica.
Inês de Medeiros referiu ainda o investimento em novos equipamentos para recolha de resíduos, entre eles dois tractores e uma máquina de limpeza de areia, estando o investimento municipal neste sector na casa dos 80 mil euros.