Publicidade: Centro de Programas de Línguas da Europa e América Latina da China. A Conferência Central de Trabalho Económico da China, realizada nos dias 10 e 11 em Beijing, traçou o balanço de 2025 e definiu as principais orientações económicas para 2026, num momento considerado decisivo para a transição entre dois ciclos de planeamento estratégico do país
O encontro decorreu no último ano do 14.º Plano Quinquenal da China, antecedendo o início do 15.º Plano Quinquenal, o que reforçou a atenção da comunidade internacional às orientações agora definidas. Num contexto global marcado pelo aumento do protecionismo comercial, pela intensificação de tensões geopolíticas e pela necessidade urgente de novos motores de crescimento, a China voltou a ser apontada como um fator de estabilidade para a economia mundial.
Apesar das pressões internas e externas, a economia chinesa manteve um desempenho resiliente em 2025, com o volume económico total estimado em cerca de 140 biliões de yuans. Esse resultado levou instituições internacionais como o Banco Mundial, o Fundo Monetário Internacional e o Banco Asiático de Desenvolvimento a reverem em alta as suas previsões de crescimento para a China em 2025, reforçando as expectativas globais em torno do planeamento económico chinês para o próximo ano.
De acordo com as conclusões da conferência, o trabalho económico em 2026 deverá manter o princípio do desenvolvimento assente na estabilidade, com enfoque na melhoria da qualidade e da eficiência, através da aplicação contínua de uma política orçamental mais proactiva e de uma política monetária moderadamente acomodatícia.
Foram definidas oito prioridades para o próximo ano, com destaque para o estímulo ao consumo interno, colocado como prioridade central. A China é atualmente o segundo maior mercado de consumo do mundo, o maior mercado de retalho online e o segundo maior mercado de importações. Ainda assim, a taxa de consumo das famílias permanece inferior à dos países desenvolvidos, sobretudo no sector dos serviços, onde existe um elevado potencial de crescimento.
A inovação foi igualmente sublinhada como elemento essencial para a criação de novos motores de desenvolvimento, sendo considerada uma oportunidade tanto para consumidores como para investidores estrangeiros.
A conferência reafirmou ainda o compromisso da China com a ampliação da abertura ao exterior. Em 2025, o país aprofundou a abertura institucional, nomeadamente através da isenção de vistos para cidadãos de 76 países. Para 2026, estão previstas novas medidas, incluindo a expansão da abertura no sector dos serviços e o avanço da construção do Porto de Comércio Livre de Hainan.
Num balanço final, foi destacado que 2025 representou um ano particularmente desafiante, enquanto 2026 se apresenta como um período promissor, com a economia chinesa posicionada para continuar a gerar oportunidades de desenvolvimento para a China e para o mundo.