30 Junho 2024, Domingo

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Do hidrogénio em Sines à reabilitação em Alcácer e Cabo Espichel: municípios esforçam-se para captar empresas e investimento

Do hidrogénio em Sines à reabilitação em Alcácer e Cabo Espichel: municípios esforçam-se para captar empresas e investimento

Do hidrogénio em Sines à reabilitação em Alcácer e Cabo Espichel: municípios esforçam-se para captar empresas e investimento

Sines

Autarcas direccionam aposta política e investimento municipal para a atracção de empresas e projectos geradores de emprego

O mega-investimento de 1,5 mil milhões que pode fazer de Sines o centro da produção nacional de hidrogénio ou o reforço da captação de financiamento comunitário para Alcácer do Sal têm um denominador comum: o esforço que os municípios estão a fazer para gerar dinâmicas de atractividade e desenvolvimento económico.
Deixamos aqui alguns dos muitos exemplos dessa construção do futuro que está em curso um pouco por todo o território dos 13 concelhos do distrito.

Sines vai ser âncora nacional na produção de hidrogénio verde

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O futuro de Portugal no processo de descarbonização tem Sines como porta de entrada. É para este concelho do litoral alentejano que está previsto arrancar, já em 2021, a instalação de uma unidade industrial para produção de hidrogénio verde, num investimento base estimado em mais de 1,5 mil milhões de euros.

De acordo com a Estratégia Nacional para o Hidrogénio (EN-H2), já publicada em Diário da República, este será o “projecto âncora de grandes dimensões à escala industrial de produção de hidrogénio verde, focado em alavancar a energia solar mas também eólica enquanto factores de competitividade”. O Governo espera que este investimento possa “posicionar Sines, e Portugal, como um importante ‘hub’ de hidrogénio verde”. E o objectivo é chegar a 2030 com a futura unidade industrial de Sines a apresentar uma capacidade total em electrolisadores de, pelo menos, um gigawatt (GW).

De resto, o investimento em Sines é tido como um dos de maior peso a integrar a candidatura do Governo ao Projecto Importante de Interesse Europeu Comum (IPCEI), para captação de fortes apoios comunitários. Em termos de exportações, o hidrogénio a produzir em Sines já tem na Holanda um destino definido, com rota delineada pelo porto de Roterdão, depois de ter sido rubricado entre os dois países um memorando de entendimento.

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Alcácer do Sal mais atractiva com incentivos do Portugal 2020

O município de Alcácer do Sal aproveitou a oportunidade de executar um novo conjunto de obras na cidade, através do reforço de financiamento, de 629 mil, ao abrigo do Portugal 2020. O montante tem em vista tornar o concelho mais atractivo não só para os alcacerenses, mas também no sentido de reforçar a dinâmica económica e de empregabilidade.

Da mesma forma, entre as “operações de regeneração urbana” planeadas e o aprofundamento “de investimentos já concretizados”, encontra-se também o Plano de Mobilidade do Torrão, que vai “avançar para uma segunda fase”, num investimento de quase 89 mil, referiu a autarquia em nota de Imprensa.

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As localidades de Arêz e Vale de Guizo “vão beneficiar da construção de um espaço comunitário, que inclui uma zona de jogo e uma de observação”. “De um investimento municipal de 250 mil euros, a Câmara angariou uma comparticipação no valor de 212 mil” para a requalificação de um espaço que pretende “dinamizar” as duas povoações.

Grândola estimula economia com Orçamento Municipal

Um dos principais objectivos da Câmara de Grândola, com o Orçamento Municipal de 31 milhões de euros para o próximo ano, é estimular a economia local e criar emprego no concelho através da concretização de diversas medidas e investimentos.

Entre as intervenções a realizar encontra-se a continuação da expansão da Zona Industrial Ligeira de Grândola e a finalização dos seus acessos, por se tratar de “uma das mais atractivas da região”, explicou a autarquia em comunicado. O município pretende ainda reforçar “o apoio à área agrícola e florestal” e apostar “no turismo sustentável”.

No que diz respeito ao aumento “da atractividade do território” e combate “à sazonalidade”, está igualmente contemplada a implementação de “um projecto de Turismo de Natureza”, com “a entrada em funcionamento do Museu Polinucleado e com a abertura dos Núcleos de São Pedro, Olaria de Melides, Liberdade e Etnografia”. O apoio à restauração e ao comércio local também será reforçado.

Sesimbra aposta forte no Cabo Espichel

Com o sector turístico como prioridade, Sesimbra espera reforçar a aposta na oferta através da requalificação do Cabo Espichel, cujo investimento previsto ascende a cerca de oito milhões de euros. O lançamento de um concurso para concessão do edificado, tendo em vista a criação de uma unidade hoteleira no local – a ala norte foi adquirida pelo município e a ala sul continua a pertencer à Igreja – é feito pela tutela, em nome da Câmara Municipal. O objectivo é que surja pelo menos um promotor interessado e a concessão foi pensada para um período de 50 anos.

Francisco Jesus, presidente da autarquia tem defendido o projecto – que permitirá combater a sazonalidade – como uma “grande âncora não só para Sesimbra como também para a Península de Setúbal”.

O processo de reabilitação não estará pronto antes das autárquicas de 2021. Há um ano, em entrevista a O SETUBALENSE, o autarca lembrava que “Espichel-Lagoa de Albufeira, com o conjunto de operações então a decorrer em termos de empreendimentos turísticos ligados ao conceito ecológico, será um grande eixo de emancipação do próprio concelho”.

Com Maria Carolina Coelho

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